A luta do Sindicato dos Comerciários do Rio pela vacinação dos profissionais do comércio ganhou uma forte aliada esta semana. A deputada estadual Martha Rocha (PDT) protocolou na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) projeto de lei que pede a inclusão da categoria nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19.
Para o Sindicato, comerciários seguem expostos durante a pandemia, já que as lojas seguem abertas e estes profissionais estão tendo contato com todo tipo de público, o que eleva sobremaneira o risco de contágio e de disseminação do vírus. No caso dos trabalhadores de supermercados, pesa, ainda, o fato de estarem listados no rol de atividades essenciais e que, portanto, não podem parar. Por isso, a importância de serem vacinados o quanto antes.
- O projeto de lei da deputada Martha Rocha vem somar neste nosso pedido tão urgente. É um grande desrespeito com os trabalhadores que geram economia da nossa cidade não serem vacinados. Se são considerados essenciais para exercer a função durante a pandemia, por que não são essenciais também para a vacinação? Eles estão no dia a dia em contato com milhares de pessoas, expostos ao vírus. É um absurdo uma categoria com mais de 300 mil trabalhadores não ser respeitada - destaca Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio.
Para a deputada, a imunização destes profissionais viabilizaria a contenção da propagação do vírus. "A inclusão da categoria contribui não só para a manutenção dos empregos, mas também para reduzir os contágios e as mortes", destaca Martha Rocha.
Ato pela reivindicação - Na última terça-feira, 11/5, o presidente Márcio Ayer, junto aos diretores do Sindicato, realizou um ato em frente ao prédio da Prefeitura, na Cidade Nova, para cobrar do prefeito Eduardo Paes a inclusão dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio no rol prioritário de vacinação.
"Somos incansáveis" - Desde janeiro, o Sindicato dos Comerciários vem realizando uma verdadeira peregrinação em busca de vacinação rápida para a categoria. Além do governador, o pleito também foi levado ao secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Com direito ainda a uma ação judicial para garantir o direito à vacinação. O órgão também apostou em uma campanha em massa – com direito a lives, outdoors e carros de som – para cobrar a compra de vacinas pela iniciativa privada.