Notícia - Sinergia CUT paralisa sede da CPFL para exigir respeito e uma PLR justa

A direção do Sinergia CUT paralisa, na manhã desta sexta-feira (5), todas as atividades na sede das CPFLs Paulista e Piratinga, em Campinas (SP), para exigir que as empresas reconheçam o empenho e a dedicação de trabalhadores e trabalhadoras na conquista dos altos lucros das empresas. A CPFL Energia é atualmente controlada pela estatal chinesa State Grid.

A direção do Sindicato afirma que não dá mais para suportar o descaso das empresas em relação à pauta aprovada pela categoria sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Uma empresa que, há alguns anos, tinha uma das maiores PLRs do Brasil, agora está entre as piores do setor elétrico, e não atende às necessidades e às reivindicações dos trabalhadores. Para piorar, não querem cumprir o compromisso de negociar com o Sindicato um novo modelo de PLR, fugindo da mesa de negociação há meses.”

 

Lucros astronômicos

Levantamento financeiro feito pelo Sindicato, comparando o período entre 2016 e 2024, aponta que o lucro líquido das empresas aumentou seis vezes, enquanto a PLR cresceu apenas três vezes (metade do crescimento do lucro) e a folha de pagamentos só foi reajustada em uma vez e meia (um quarto do crescimento do lucro).

“A tradução desse cenário é triste e lamentável. Enquanto os lucros crescem astronomicamente, salários e benefícios econômicos pagos a quem constrói as empresas no dia a dia, incluindo a PLR, despencam e ficam cada vez mais baixos. Fora a precarização do trabalho, o acúmulo de funções e os assédios constantes, o que afeta diretamente a saúde física e mental da categoria”, analisam os dirigentes sindicais.

Fato é que, desde janeiro, o Sindicato tem proposta e tenta negociar um novo modelo de cálculos para pagamento de uma PLR justa e igualitária, conforme previsto no atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Depois de muita enrolação e desculpas esfarrapadas, a CPFL finalmente agendou uma reunião em abril e, de lá para cá, foram apenas duas reuniões, em julho e outubro, sem qualquer proposta da empresa. Já a rodada prevista para novembro foi adiada sem justificativa”, destaca a bancada sindical.

Diante da gravidade da situação e do desrespeito da CPFL Energia, o Sindicato, trabalhadores e trabalhadoras decidiram protestar contra a intransigência patronal, paralisando as atividades para reivindicar uma PLR justa para todos e todas.

 


Fonte:  Sinergia CUT - 05/12/2025

 

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