Notícia - GREVE DA SAÚDE: Profissionais paralisam as atividades a partir desta quarta (1º)

Profissionais da saúde do estado de São Paulo entraram em greve por 48 horas a partir desta quarta-feira, 1º de outubro, diante do descumprimento de acordo por parte do governo do estado de São Paulo, que não pagou a Bonificação por Resultados no quinto dia útil de setembro e não apresentou a proposta de novo valor do auxílio-alimentação dentro do prazo estabelecido em mesa de negociação realizada em 17 de julho com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP).

“Na segunda-feira, a Casa Civil nos chamou para uma nova conversa, reconheceu que não cumpriu o prazo acordado e nem garantiu que atenderá o que eles mesmos se comprometeram nos próximos dias”, contou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, que completou: “Em julho, houve uma abertura de diálogo com o governo somente quando a categoria decidiu entrar em greve. Nós fomos chamados e cumprimos a nossa parte, suspendemos a greve para aguardar os prazos apresentados pelo governo. Mas mantivemos o estado de greve enquanto aguardávamos a efetivação da proposta. Como os acordos não foram efetivados, agora é greve”, concluiu.

O movimento grevista está acontecendo em todas regiões do estado com adesão de trabalhadores tanto dos hospitais da Administração Direta quanto dos que tiveram a gestão privatizada, mas que tem profissionais públicos na assistência à população, nos hospitais das clínicas e no Hospital do Servidor Público Estadual.
A categoria exige o aumento do valor pago para alimentação, que está congelado desde 2018 e o pagamento da bonificação por resultados, principalmente, após o reajuste salarial deixar de fora os profissionais que têm os menores salários.

“É inadmissível o estado mais rico do país deixar alguns trabalhadores da saúde sem nenhum reajuste salarial e pagar apenas R$ 12 de vale-alimentação para o funcionalismo público por dia útil trabalhado e seguir privatizando todo o sistema público de saúde”, criticou o presidente do SindSaúde-SP.

Além da BR e do reajuste do vale-alimentação, o governo se comprometeu com outras duas pautas, que ainda estão dentro do prazo. A primeira delas é concluir os estudos e apresentar a proposta para ampliar o valor da Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Gdamspe), até o início da segunda quinzena de outubro. A segunda é apresentar até o final deste ano uma proposta para a revisão da tabela do Prêmio de Incentivo.

Greve

Todos(as) os(as) profissionais representados pelo SindSaúde-SP podem entrar greve. Conforme levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP, em todo o estado, são mais de 50 mil profissionais das diversas categorias, como médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, motoristas, oficiais de saúde, oficiais administrativos, entre outras profissões e funções, que são:

Profissionais da saúde que atuam na administração direta, tanto na Secretaria de Estado da Saúde (SES) quanto na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP);

Profissionais que atuam em autarquias e fundações de saúde ligadas ao governo do Estado de São Paulo, como os(as) dos hospitais das clínicas de São Paulo, de Ribeirão Preto, de Botucatu e de Marília;

Trabalhadores(as) que atuam no Iamspe em todo o estado, seja no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) ou nos Centros de Atendimento Médico-Ambulatorial (Ceamas).


Fonte:  SindSaúde-SP - 02/10/2025

 

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