Notícia - Entidades sindicais lançam manifesto contra a exposição ao Benzeno

No domingo, 5 de outubro, é Dia Nacional de Luta Contra a Exposição ao Benzeno. Este ano, o Acordo Nacional do Benzeno completa 30 anos e, mais do que nunca, é preciso lutar para impedir os retrocessos.

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Para conscientizar a categoria petroleira sobre a importância de combater qualquer limite de exposição a esse produto químico, que é altamente cancerígeno, dirigentes da FUP e de seus sindicatos estão distribuindo nas bases um boletim especial produzido pelas centrais sindicais e entidades que integram a bancada dos trabalhadores na Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz).

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A edição traz um Manifesto contra a Exposição ao Benzeno, pela Saúde e Pela Vida, em que as entidades sindicais denunciam os retrocessos nos cuidados com a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras das categorias diretamente impactadas pela exposição ao Benzeno e exigem:

  1. a retomada das Comissões Estaduais do Benzeno (CEBz);
  2. a transformação da Comissão Nacional Tripartite Temática do Benzeno (CNTT-Bz) em Comissão PERMANENTE, como era antes de 2019;
  3. que o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Saúde não aceitem alterar o atual indicador ambiental de monitoramento do Benzeno (o eficiente Valor de Referência Tecnológico/VRT, adotado desde 1995);
  4. e que as empresas cumpram integralmente o Acordo Nacional do Benzeno (ANBz).

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Kappra, presente! Hoje e sempre!

O Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno foi criado em homenagem ao técnico de operações Roberto Kappra, da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão/SP, que faleceu em 5 de outubro de 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, doença ligada à exposição ao benzeno.

Kappra trabalhou 11 anos na refinaria e morreu aos 36 anos, 22 dias após serem detectados os primeiros sintomas da doença. Na época, a Petrobrás se recusou a reconheceu o nexo causal e a CAT só foi emitida tempos depois. A história de Kappra tornou-se símbolo da luta contra a exposição a essa substância altamente cancerígena.

Os trabalhadores de toda a cadeia produtiva do petróleo e siderurgia, assim como os dos postos de combustíveis são altamente afetados pela exposição ao agente químico.


Fonte:  FUP - 02/10/2025

 

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