Os metalúrgicos e metalúrgicas da CUT encerram no início da noite desta terça-feira (23) o primeiro dia de atividades da Plenária Estatutária da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT. O evento é realizado no Hotel Mônaco, em Guarulhos (SP). As atividades se encerram nesta quarta-feira (24).
Na saudação de abertura, o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, lembrou que a plenária traçará um plano de ação para os próximos dois anos de mandato da atual diretoria. “Precisamos de atitude, de representação e de mobilização. E essa atitude não pode ser apenas dentro de uma sala de reunião”.
Já a secretária de Mulheres da CNM/CUT, Maria de Jesus Marques de Almeida, destacou que a plenária trará a oportunidade de debater presencialmente a pauta da categoria. “É algo importante principalmente para discutir a luta das mulheres metalúrgicas”.
A dirigente apresentou na Plenária um protocolo para combate ao assédio sexual durante as atividades e reuniões da entidade. O documento foi aprovado pelos trabalhadores e trabalhadoras presentes no auditório do Hotel Mônaco.
Além de dirigentes metalúrgicos, sindicalistas cutistas de outros ramos estiveram presentes na abertura. O químico Raimundo Suzart, presidente da CUT-SP, falou sobre as manifestações que tomaram as ruas do país no último domingo, 21 de setembro, e afirmou que a Plenária se realiza em um momento crucial para a classe trabalhadora. “É muito importante tomar as ruas, protestar contra essa pauta nociva do Congresso Nacional e também defender a soberania do nosso país, como fez o presidente Lula hoje em seu discurso na ONU”.
A bancária e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvândia Moreira, parabenizou a categoria pela realização da Plenária e lembrou aos trabalhadores e trabalhadoras sobre a 17ª Plenária Nacional da CUT, que será realizada entre 14 e 17 de outubro, na Quadra dos Bancários, em São Paulo (SP). “Teremos muitos desafios para a classe trabalhadora, como politizar os trabalhadores, a transição justa, qual Brasil queremos para o futuro, e a luta para reeleger o presidente Lula em 2026”.
Análises de conjuntura política e econômica
O professor doutor do Departamento de Ciência Política da USP, Rogério Arantes, fez a análise da conjuntura política nacional. Ele trouxe um panorama das mudanças da democracia em todo o mundo, destacando a movimentação da extrema direita nos últimos anos, até chegar a última década no Brasil, com os acontecimentos que mudaram o cenário local. “A luta para as eleições em 2026 é para, ao menos, manter o espaço do campo progressista em Brasília e não piorar o Congresso Nacional”.
Já o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Pedro Barros, abordou a conjuntura econômica, destacando principalmente a integração econômica com os países da América do Sul.
Ao final do primeiro dia, os presentes fizeram a leitura e os destaques do Regimento Interno, e houve também uma apresentação sobre a área financeira da entidade.
Políticos do campo progressista participaram do primeiro dia. Em Guarulhos, estiveram presentes o vereador Izídio de Brito (PT de Sorocaba), Ana Nice Martins (PT de São Bernardo do Campo), e Fernanda Curti (PT de Guarulhos). Enviaram mensagens de saudação a deputada federal Denise Pessôa (PT-RS), o ministro do Trabalho Luiz Marinho, e o presidente nacional do PT Edinho Silva.