No próximo 27 de outubro marcará o segundo aniversário da greve do IF Metall contra a Tesla, tornando-se a greve mais longa da Suécia nos tempos modernos. Nos encontros da negociação entre o sindicato e a gestão sueca da Tesla, com o envolvimento do National Mediation Office, ficou evidente que as partes permaneceram distantes na disputa em curso sobre os acordos coletivos nas instalações da empresa.
Para o IF Metall, a direção sueca da Tesla não tem autoridade de assinar um acordo coletivo envolvendo o sindicato.
“O objetivo do sindicato é claro, que os acordos coletivos se apliquem em todo o mercado de trabalho sueco, inclusive na Tesla. Esse objetivo permanece inalterado e o conflito de longa duração continua com intensidade aumentada,” diz o presidente Marie Nilsson da IF Metall.
O IF Metall afirma que ficou claro que a Tesla não está disposta a considerar fazer mudanças nas condições que refletem os elementos básicos dos acordos coletivos suecos, que incluem:
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aumentos salariais anuais em linha com o chamado benchmark
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jornada de trabalho reduzida, como os demais funcionários das oficinas de automóveis têm em acordos coletivos
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soluções previdenciárias que condizem com as inseridas em acordos coletivos
Outros sindicatos estão solidarizados com os trabalhadores da Tesla, principalmente depois que as conversas das negociações foram encerradas. Os eletricistas organizadores do sindicato, Elektrikerna, estão mobilizando seus trabalhadores já que parte da sua produção está conectada à Tesla.
O secretário-geral da IndustriALL, Atle Høie comenta o total desrespeito da Tesla em travar as negociações com os trabalhadores.
“O total desrespeito da Tesla pelo mercado de trabalho sueco e seus próprios trabalhadores é surpreendente. A negociação coletiva é um direito fundamental dos trabalhadores e uma das bases sobre as quais o mercado de trabalho sueco é construído. Repetimos nossa mensagem de que os 50 milhões de membros do IndustriALL em todo o mundo se solidarizam com os trabalhadores em greve na Suécia.”