A vida de Marco Antônio Xavier é marcada pela dedicação aos trabalhadores e pela superação de limites pessoais. Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sabará, diretor financeiro da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Minas Gerais (NCST-MG) e secretário-geral da FESMIG, ele é reconhecido por sua atuação firme na defesa da classe trabalhadora e por sua militância em favor da justiça social.
Mas além das assembleias e lutas sindicais, Marco Antônio encontrou no esporte um caminho de transformação. Há sete anos, começou a correr por recomendação médica, em provas de apenas 5 km. O que parecia um simples exercício logo se tornou uma paixão. Em apenas um ano, já encarava trilhas desafiadoras nas montanhas mineiras e cruzava a linha de chegada de sua primeira prova de 15 km em primeiro lugar.
Das corridas às ultramaratonas
A partir daí, Marco descobriu as ultramaratonas, provas que exigem resistência física, força mental e coragem. Enfrentou calor de 35 graus, noites geladas, poeira, dor e solidão. Em 2023, participou dos Caminhos de Rosas, uma ultramaratona de 256 km, conquistando o 2º lugar após 44 horas ininterruptas de prova. Já em 2025, voltou ao sertão mineiro para o mesmo desafio e, depois de três dias e duas noites correndo sem parar, alcançou a 4ª colocação.
Para ele, cada conquista representa não apenas um troféu pessoal, mas a prova de que o impossível pode ser vencido com persistência.
Luta dentro e fora das pistas
Assim como no movimento sindical, Marco sabe que o maior desafio não é apenas físico: é a falta de recursos para competir. Cada prova demanda equipamentos, viagens e alimentação adequados — custos muitas vezes altos demais. Ainda assim, ele não desiste. “Assim como no sindicalismo a força vem da coletividade, no esporte a força vem da esperança e da persistência”, afirma.
Seu sonho é avançar ainda mais, levando o nome da sua cidade, de Minas Gerais e dos trabalhadores que representa para competições internacionais.
Inspiração que ultrapassa fronteiras
Correr transformou sua vida. Hoje, Marco Antônio não é apenas dirigente sindical ou ultramaratonista: é um exemplo de superação, mostrando que a disciplina, a solidariedade e a coragem podem levar qualquer pessoa além de seus próprios limites.
“O que me move não é apenas a chegada. O que me move é inspirar pessoas a acreditarem em si mesmas, apesar de todas as dificuldades”, destaca.