Neste domingo, 7 de setembro, centrais sindicais e movimentos sociais organizaram atos em defesa da soberania nacional. Eles buscaram mobilizar militantes nas ruas.
Os protestos ocorreram enquanto o Supremo Tribunal Federal julga a trama golpista. O contexto fortaleceu a relevância política e social das manifestações em todo o país.
De acordo com Miguel Torres, presidente da Força Sindical, as entidades saíram às ruas para defender pautas centrais da classe trabalhadora. O objetivo foi reafirmar direitos.
“Esse dia é muito importante para o nosso futuro. O Brasil todo hoje faz essas manifestações no dia da independência que o Brasil há 210 anos conquistou”, afirmou Torres.
O sindicalistas reforçou, em sua fala que, que hoje foram às ruas para comemorar a independência do Brasil, mas também para comemorar a luta contra a invasão do nosso território, contra a interferência americana na na soberania do País, contra a impunidade, contra esse projeto de anistia que está sendo debatido em Brasília.
“Não podemos admitir que, no momento que nós estamos passando, maus políticos, políticos que não olham para a sociedade brasileira, fiquem tramando contra o Brasil. Por isso a importância desse 7 de setembro.”
Sérgio Nobre, presidente da CUT, ressaltou que o movimento sindical, social e popular é um pilar fundamental da vida democrática no Brasil. Para ele, não se trata apenas de defender direitos imediatos, mas de garantir que a sociedade tenha voz ativa frente aos poderes instituídos.
“Não há democracia sem sindicatos fortes. Sem sindicatos, sem movimentos sociais organizados, sem a participação popular, o povo fica sem voz, e a democracia fica fragilizada. Nós somos o alicerce da democracia, porque somos nós que garantimos que os interesses da classe trabalhadora, da maioria do povo brasileiro, estejam presentes nas grandes decisões do país.”
Fim da escala 6×1
Ricardo Patah, presidente da UGT, defendeu ainda o fim da estala 6×1, a isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, a taxação dos super-ricos e a valorização do SUS. Essas propostas ganharam destaque nas falas de todas as lideranças. Segundo ele:
“O fim da jornada 6×1, redução para 40 horas, igualdade e oportunidades são temas muito caros para nós e, com certeza, hoje na Praça da República, estamos nos expressando com toda a força. Não dá para voltar atrás. Soberania já!”.
Os sindicalistas reforçaram ainda que a soberania nacional deve ser protegida. Além disso, ressaltaram que conquistas históricas dos trabalhadores enfrentam riscos diante de políticas consideradas regressivas.
O simbolismo dos atos públicos
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), a mobilização assumiu grande importância simbólica. Ele destacou que o ato fortalece a resistência contra ataques sofridos pela soberania do país.
“Ir às ruas em um momento tão delicado reforça a unidade entre sindicatos e movimentos sociais. Essa união fortalece a luta coletiva”, avaliou o dirigente.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, também resgatou o simbolismo histórico da Independência do Brasil e relacionando-o à luta da classe trabalhadora no presente:
“O Brasil não é colônia, jamais será colônia. Há 203 anos, nas margens do Ipiranga, ecoava o brado retumbante de um povo que não aceitava a condição de submissão a Portugal. O grito de liberdade, independência ou morte, espraiou por todo o Brasil e segue atual.”
Além do simbolismo, os atos buscam pressionar autoridades e sensibilizar a opinião pública. Assim, trabalhadores encontram espaço para defender sua pauta de forma visível.
Com efeito, a mobilização amplia o debate sobre justiça fiscal e direitos trabalhistas. Isso ajuda a transformar reivindicações em projetos concretos no cenário político.
Por fim, os atos reforçam o compromisso das centrais com a democracia. Ao unir forças, movimentos sociais demonstram que a defesa da soberania continua sendo prioridade nacional.
Os atos aconteceram nos seguintes locais:
- AL – Maceió | Praça da Faculdade, às 08h
- AM – Manaus | Av. Eduardo Ribeiro com Avenida 7 de setembro (até a Praça da Polícia) de 8h à 09h
- AP- Macapá | Concentração: ‘Hospital do Amor’ – R. Carlos Daniel, 456 – Infraero II, às 7h
- BA – Salvador | Campo Grande, às 9h
- BA – Souto Soares | Concentração na Praça Raul Soares, às 09h
- CE – Fortaleza | Praia do Futuro, às 8h
- DF – Brasília | Praça Zumbi dos Palmares (CONIC), às 10h
- ES – Vitória | concentração na Praça Portal do Príncipe, às 8h30
- GO – Goiânia | Praça do Trabalhador, às 8h30
- MG – Belo Horizonte | Praça Raul Soares, às 9h
- MS – Campo Grande | Cruzamento da Rua 13 de maio com Dom Aquino, às 8h
- MT – Cuiabá | Praça Cultural do Bairro Jardim Vitória, às 7h30
- MT – Cáceres | Salão da Matriz São Sebastião, Rua Rodrigues Alves, 201, Cidade Nova, às 07h
- PA – Belém | Concentração na avenida. Mal. Hermes, 3 – Campina (Escadinha do cais do Porto), às 9h
- PB -João Pessoa | Lagoa, às 9h
- PE – Recife | Parque 13 de maio, às 9h
- PE – Recife | Pedal Grito dos Excluídos – saída às 09h do Prq. da Jaqueira, rumo ao Prq. 13 de Maio
- PI – Teresina | Concentração na Ponte da Avenida Frei Serafim (JK), 7h
- PR – Apucarana | Concentração Avenida Curitiba (próximo Supermercado Amigão), 08h30
- PR – Cascavel l | Calçadão (na Avenida Brasil, esquina com Padre Champagnat), 08h30
- PR – Curitiba | Rua Desembargador Oscar Carvalho e Silva, Vila Pantanal, às 09h
- PR- Garopaba | Praça do Centro Histórico, às 13h
- PR – Maringá | Praça Raposo Tavares, 08h30
- PR – Matinhos | Praça Matinhos – Matinhos/Litoral – Paraná, 8h
- PR – Umuarama | Praça Paulo VI (Praça da Catedral), 9h
- PR – Ponta Grossa | Em frente ao Cemitério Municipal – Av. Balduino Taques, 09h30
- RS – Porto Alegre | Ponte de Pedra, Largo do Açorianos, 14h
- RJ – Rio de Janeiro | Rua Uruguaiana com avenida Presidente Vargas (metrô), Centro, às 9h
- RN – Mossoró | Ginásio Pedro Ciarlini, 07h
- RN – Natal | Praça da Flores, Petrópolis, às 9h
- RR – Boa Vista | Palco Aderval da Rocha, em frente à Praça Germano Sampaio, no bairro Pintolândia, às 15h30
- SC – Blumenau| Rua Presidente John Kennedy (ao lado do Teatro Carlos Gomes), às 8h
- SC – Chapecó | Praça Central (ao lado da Catedral Santo Antônio), às 14h
- SC – Florianópolis | Parque da Luz, às 08h30
- SE – Aracajú | Praça da Catedral Metropolitana de Aracajú, em meio ao desfile das escolas, às 09h
- SP – Aparecida | concentração no porto e segue em caminhada até a basílica, a partir das 7h – (organização: Pastoral da igreja de Aparecida)
- SP – Campinas | Concentração na Praça do Largo do Pará, às 9h
- SP – Mauá/ABCDMRR | Início com Santa Missa – Santuário Imaculada Conceição: Praça Mons. Alexandre V. Arminas 01, Bairro Matriz, 08h30
- SP – Osasco | Concentração em frente à Estação de Trem de Osasco, às 08h30
- SP – Santana do Parnaíba | Largo da Matriz, s/n, Centro, às 14h
- SP – São Paulo | Praça da Sé, a partir das 7h00, com café da manhã para as pessoas em situação de rua – ato às 9h e 10h30 caminhada para o centro.
- SP – São Paulo | Praça da República, às 9h
- SP – São Sebastião | Rua da praia – São Sebastião – 9h
Fonte: Rádio Peão Brasil
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08/09/2025