Começou a campanha salarial 2025 para os cerca de 800 mil trabalhadores(as) metalúrgicos, com data-base 1º de novembro, representados por 54 Sindicatos no Estado de São Paulo.
Dirigentes de todas as entidades reuniram-se nesta terça, 26/08/2025, na sede da Federação dos Metalúrgicos de SP, em São Paulo, para debater a conjuntura econômica, política, trabalhista e sindical e definir uma pré-pauta da campanha salarial que será negociada com mais de 10 grupos patronais.
José Osmair Polisel, assessor econômico do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, informou que a inflação medida pelo INPC/IBGE está estimada em 5,04% . A campanha salarial vai lutar pela recuperação destas perdas salariais mais o aumento real.
O economista Rodolfo Viana, do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, disse que será baixo os impactos do tarifaço de Trump na indústria nacional. “Boa parte dos produtos industriais vão para o mercado interno ou se destinam aos países do Mercosul”. Ele mostrou os dados positivos dos setores produtivos metalúrgicos. Por exemplo: “A indústria brasileira cresceu 7,14% nos últimos 12 meses”, disse Rodolfo.
Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo afirmou: “Como todos os anos, também vamos enfrentar a “choradeira” patronal. É sempre assim: patrões em geral não gostam de dividir sua riqueza com quem a produz, ou seja, os trabalhadores.
Ainda segundo Eliseu: “No entanto, esse ano vamos enfrentar uma situação diferenciada: o tal do “Tarifaço” imposto pelo governo dos Estados Unidos a todos os países que exportam seus produtos para lá e o Brasil não está fora disso. Ao contrário, nosso país tem sido penalizado não por questões comerciais, mas por questões políticas da família Bolsonaro e seus apoiadores, traidores da pátria, contra o povo brasileiro.”
Para Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Durante a campanha salarial também o momento político deve ser debatido nos locais de trabalho: “Precisamos ficar atentos: a ameaça à soberania do Brasil, por parte do governo Trump, taxando nossos produtos afeta nosso emprego, afeta nossos acordos com países que compram do Brasil, prejudicando nossa economia.”