Notícia - Sindicato dos Motoristas de São Paulo participa de audiência pública na ALESP e hipoteca apoio na luta pelo "passe livre" aos trabalhadores do setor

Companheiros e companheiras do sistema de transporte público no Estado de São Paulo, há tempos, reivindicam a gratuidade, o famoso “passe livre” para ir e vir do trabalho, do passeio, do estudo e de onde mais quiser.

Esta luta que data desde os anos 1970, pode finalmente sair do papel, numa luta conjunta entre entidades sindicais e a deputada estadual Monica Seixas do Movimento Pretas (PSOL).

Nesta terça-feira (12), em audiência pública “Gratuidade do Transporte para Condutores”, na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) foi dado passo importante em torno do diálogo, proposição e futura aprovação do Projeto de Lei 88 de 2025, que tem como proponentes, além de Monica, as deputadas estaduais Márcia Lia (PT) , Leci Brandão (PCdoB) e Ediane Maria (PSOL), assim como os deputados Luiz Claudio Marcolino (PT), Enio Tatto (PT) e Eduardo Suplicy (PT).

“A gratuidade faz muita falta para essas pessoas todos os dias. E essa ausência é incoerente, até porque, são essas pessoas que levam todas as outras ao trabalho. Portanto, é uma demanda que precisa ser ouvida e se tornar Lei assim que possível”, afirmou a parlamentar.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, na oportunidade, esteve representado por membros da diretoria plena, da coordenação de mulheres, delegados, militantes, cipeiros, assessoria e trabalhadores que vieram das garagens hipotecar apoio ao projeto.

Representando o presidente Valdemir dos Santos Soares (Moleque), o secretário de esporte e lazer da entidade, Joel da Conceição Pires (Dida) afirmou a luta histórica pela obtenção do passe livre. “Lutamos bravamente por este benefício, que entendemos ser de grande valia para a categoria do transporte. Contem com a gente nesta batalha”. Inclusive, a deputada foi convidada por Dida para conhecer as garagens do sistema de transporte por ônibus da capital.

Para o secretário de organização, relações do trabalho, juventude e pessoa com deficiência, Nailton Francisco de Souza (Porreta), a demanda é justa, pois “somos parte integrante de um modal que transporta mais de 9 milhões de passageiros todos os dias aos seus destinos, sem direito ao passe livre, ou seja, não podemos pagar para usar o que transportamos”.

O secretário de assuntos da mobilidade urbana, Luiz Carlos da Silva Alves (Luizão), em sua fala, colocou sua pasta à disposição para levantamento de informações, organização e articulações políticas para o sucesso do projeto. “Estamos juntos pela sua aprovação até o final”.

Esta luta histórica conta com o apoio colegiado de diversas entidades políticas e sindicais, como a Federação Estadual dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (FTTRESP), Associação dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Rodoviário e Urbano do Estado de São Paulo (Attruesp), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL-CUT), Grupo Renovação Sindical, Associação de Ex-Funcionários da CMTC, Sindicato dos Rodoviários de São Paulo (STERIIISP), Sindicato de Cargas Próprias, bem como as centrais sindicais NCST, CSP-Conlutas, UGT, CUT e Força Sindical.

Na audiência, as lideranças aprovaram por unanimidade importantes deliberações para o andamento do projeto, como (1) participação das reuniões na Comissão de Constituição e Justiça; (2) encaminhamento de abaixo-assinado eletrônico para pressionar o governo estadual; (3) participação e inserção do tema na Comissão de Transporte da Casa e encaminhamento de carta/manifesto ao colegiado de deputados e (4) abertura de diálogo com a secretária Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natalia Resende.

 

_Moção de apoio ao Agosto Lilás_

As mulheres do transporte têm inserção efetiva em suas categorias no Estado de São Paulo. Apenas no transporte por ônibus na maior cidade da América Latina, o contingente é de quase 8 mil guerreiras.

No mês do Agosto Lilás, a deputada Monica Seixas hipotecou total apoio às lutas das mulheres por respeito, proteção e empoderamento. “Elas não precisam apenas da gratuidade, mas de condições diferenciadas como valorização, proteção, segurança, amparo para executar bem suas funções seja no trabalho, em casa ou onde mais quiser”, afirmou.


Fonte:  Sindicato dos Motoristas de São Paulo - 13/08/2025

 

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