A Escola DIEESE de Ciência de PTrabalho, em parceria com as centrais sindicais, promoveu nesta quinta-feira (07), mais uma edição da Jornada Nacional de Debates com o tema "Reforma do imposto de renda: um passo para justiça tributária".
O evento, que ocorre durante o mês de agosto em 17 estados, tem como proposta fomentar o debate público sobre a necessidade de uma reforma no sistema tributário que promova maior equidade fiscal no país, beneficiando a classe trabalhadora e combatendo privilégios.
Em São Paulo, especificamente, a Nova Central Nacional, contou com a presença do presidente eleito da central São Paulo, Nailton Francisco de Souza (Porreta), que na oportunidade representou o companheiro Moacyr Roberto Tesch Auersvald.
Nailton, neste contexto, destacou o protagonismo do movimento sindical na luta pela isenção do IR para faixa de trabalhadores até 5 mil Reais. “Esta luta é nossa, pois em 2022, na CONCLAT, protocolamos este pedido ao então candidato e agora presidente Lula, que articulou no Congresso mesmo com a correlação de forças com maioria desfavorável”.
Hoje, lembra, existem parlamentares que, se antes eram contrários, agora até fazem sugestões ao projeto, inclusive com ampliação da faixa de isenção até 7 mil Reais. “O fato é que com a aprovação do projeto, que deve ocorrer em 2026, segundo o DIEESE mais de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados com nosso protagonismo na luta”, ressalta.
Segundo estudo apresentado pelo departamento intersindical, entre os 176 países, o Brasil é o 13º pior em concentração de renda. No quesito desigualdade, é o 3º pior estando atrás de Qatar e Moçambique. E o Brasil é o país com maior milionários na América Latina, com 433 mil, conforme aponta o Relatório Global de Riquezas 2025.
Na fala, juntamente com lideranças das centrais sindicais, Porreta apresentou indicativos favoráveis a partir da isenção do Imposto de Renda para redução da desigualdade, como maior rendimento da cesta básica, maior poder de compra, maior dinamismo na economia e maior capacidade de geração de empregos.
Aproveitou o ensejo para parabenizar o DIEESE pelo trabalho efetivo na formulação de levantamentos de dados e formulação de cenários, cujos resultados foram fundamentais em torno deste objetivo. “Um parceiro de primeira ordem, sempre ao nosso lado, fornecendo dados para composição de mobilizações e articulações com todos os atores envolvidos neste debate”, frisou.
Ao final, o novo presidente da NCST-SP criticou durante a ala reacionária de parlamentares no Congresso Nacional, que ao invés de trabalhar políticas públicas em atenção aos brasileiros, fica defendendo ex-presidente golpista. “Não seremos vitimas de chantagem, pois nossa autonomia ninguém negocia”.