Notícia - Trabalhadores da limpeza cruzam os braços por reajuste justo

Os 2.921 trabalhadores da limpeza urbana cruzaram os braços no dia 29 de julho em seis cidades da Baixada Santista, exigindo reajuste salarial de 7%.

A paralisação atinge os municípios de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Bertioga. As empresas responsáveis alegam que os serviços seguem normalmente.

Categoria recusou proposta

Em assembleia realizada na véspera da greve, os trabalhadores rejeitaram a proposta patronal de reajuste de 5,5% nos salários e 7,5% nos benefícios.

Siemaco Baixada Santista, sindicato que representa a categoria, defende a reposição da inflação mais 2% de aumento real.

Para o presidente do Siemaco, André Domingos, o Fuzil, a mobilização é legítima.

“Os trabalhadores da limpeza mantêm as cidades funcionando. Exigir valorização e respeito é o mínimo diante da importância do nosso trabalho.”

Motoristas da coleta também aderiram à paralisação. De acordo com José Alberto Torres Simões, do Sindrod, os trabalhadores correm o risco de receber apenas um salário mínimo se o reajuste não for concedido.

Audiência no TRT termina sem acordo

Na segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região realizou audiência de conciliação, presidida pela juíza Luciana Bezerra de Oliveira.

Apesar da proposta judicial de 6%, as empresas recusaram. Assim, a juíza determinou reajuste temporário de 5,32%, conforme o INPC, até novo acordo.

Serviços essenciais continuam

Por ordem da Justiça, 70% do efetivo deve ser mantido. Os serviços essenciais continuam com revezamento entre os funcionários das empresas.

Entre os serviços mantidos estão a coleta de lixo domiciliar e hospitalar, varrição, poda de árvores e limpeza de praias, feiras e bueiros.

O descumprimento da decisão pode gerar multa de R$ 100 mil por dia ao sindicato.

Empresas e prefeituras se manifestam

O Grupo Diniz afirma que cumpre a lei e mantém os serviços operando. Prefeituras como Santos, Praia Grande e Bertioga dizem monitorar a situação.

As administrações municipais garantem que os serviços seguem funcionando e que tomarão providências se houver prejuízo à população.


Fonte:  Rádio Peão Brasil - 04/08/2025

 

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