O governo federal lançou o IPI Verde para impulsionar a produção de carros sustentáveis no Brasil. O presidente Lula assinou o decreto nesta quinta-feira (10), em Brasília.
Lideranças sindicais participaram do evento ao lado do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, que defendeu equilíbrio entre preservação ambiental e responsabilidade fiscal.
Entre os presentes, Miguel Torres, presidente da Força Sindical, destacou a importância da medida para o setor automotivo e os trabalhadores brasileiros.
“Além de proteger o meio ambiente, essa iniciativa garante empregos de qualidade e fortalece a indústria nacional”, afirmou Torres durante o lançamento.
Aparecido Inácio (Cidão), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, reforçou o impacto positivo da medida para o emprego e a indústria nacional.
“Essa decisão mostra que é possível crescer com responsabilidade ambiental, gerar renda para os trabalhadores e impulsionar nossa produção local,” declarou Cidão.
Josinaldo Alves (Cabeça), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e região destacou o impacto social da iniciativa.
“Investir em carros limpos é garantir empregos, tecnologia e um futuro mais justo para quem vive do trabalho no Brasil,” afirmou Cabeça.
Já Adilson Torres dos Santos (Sapão), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, ressalta que o IPI Verde mostra que é possível modernizar a indústria, proteger o meio ambiente, gerar empregos de qualidade e manter o equilíbrio fiscal.
“Ao eliminar o imposto para carros sustentáveis, o governo estimula as empresas a apostar em tecnologia limpa”, celebra.
O que diz a nova regra?
A nova regra zera o IPI para veículos compactos que emitirem menos de 83 gramas de CO² por quilômetro rodado, seguindo critérios ambientais rígidos.
Além disso, o carro deve ter mais de 80% de materiais recicláveis, estimulando a economia circular e novas cadeias produtivas no país.
Outro requisito é que etapas essenciais da fabricação ocorram no Brasil, como soldagem, pintura e montagem, garantindo mais postos de trabalho.
Mudança na tabela do IPI
O decreto redefine a tabela do IPI, mantendo equilíbrio fiscal com um sistema de soma zero e estimulando a eficiência energética.
Veículos mais limpos terão impostos menores, enquanto modelos menos eficientes pagarão alíquotas maiores, incentivando inovação e sustentabilidade.
De acordo com o governo, um híbrido-flex pode reduzir o IPI de 6,3% para 2,8%, se atender todos os critérios do Mover.
A expectativa é que 60% da frota tenha redução de imposto até 2026, sem afetar as contas públicas. O programa prevê até R$ 190 bilhões em investimentos.