Na manhã desta quarta-feira, 9 de julho, a CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) sediou ato das centrais sindicais , o “Dia da Luta Operária”, em São Paulo.
O encontro ocorreu na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), na Rua Cardoso de Almeida, 1843. Este ano, a atividade marcou dois momentos históricos: os 40 anos da Greve da Campanha Salarial Unificada de 1985 e os 70 anos do DIEESE.
Neste ano, os homenageados foram a Almino Afonso, ex-ministro do Trabalho de Jango, e Heloísa de Souza Martins, ex-diretora técnica do DIEESE.
Homenagens in memoriam
Como em todas as edições, o evento prestou homenagens in memoriam a companheiros que deixaram importantes legados ao movimento sindical:
Newton Cândido (ex-assessor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo)
Arcênio Rodrigues da Silva (Químicos de Osasco)
Luiz Tenório de Lima, o Tenorinho (Laticínios de São Paulo e fundador do Dieese)
João Batista Gomes, o Joãozinho (Servidores Municipais de São Paulo)
Eduardo Pavão (jornalista e ex-assessor da União Geral dos Trabalhadores – UGT)
Ronaldo Ferreira Martins (Correios do Rio de Janeiro)
Guarino Fernandes (dirigente do Sindicato dos Ferroviários)
Homenagens especiais
Ana Martins (ex-vereadora)
Dulce Muniz (ex-dirigente sindical)
Paulo Cseh (ex-dirigente do Sindicato dos Têxteis de São Paulo)
Sobre o evento
Instituído no município de São Paulo pela Lei nº 16.634/17, em memória da Greve Geral de 1917, o Dia da Luta Operária é uma iniciativa do deputado Donato — autor do projeto quando exercia mandato de vereador — e das centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Pública Central do Servidor, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.
Com participação de lideranças sindicais, militantes e entidades parceiras, o evento foi um espaço de reflexão, memória e reafirmação de bandeiras de luta.
René Vicente, presidente da CTB São Paulo, destacou a importância do ato como resgate da história da classe trabalhadora no país..
Além de debates políticos, o ato contou com homenagens a protagonistas das lutas sindicais, valorizando trajetórias que marcaram época.
Entre as principais pautas estão a valorização dos salários, a redução da jornada sem corte salarial e o combate à precarização. Também são bandeiras centrais a justiça tributária, a luta contra as desigualdades e o fortalecimento da organização sindical.
O ato foi construído de forma unificada por centrais como CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, Nova Central e Intersindical. O Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e a OBORÉ também apoiam o evento.