Como acontece todo ano, o Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro tenta aprovar o reajuste anual da categoria de mais de 300 mil trabalhadores.
Não é de hoje também que o presidente da entidade, Márcio Ayer, enfrenta a recusa dos patrões em pagar o mínimo acima da inflação, evitando defasagem salarial, mesmo diante do crescente lucro das empresas.
Mas, este ano, a negociação está especialmente difícil. Não houve acordo com os donos de supermercados, shoppings, funerárias, lojas de material de construção, autopeças, entre outros. Apesar da dificuldade, Márcio pontua que os empresários aumentam cada vez mais seus lucros.
"Em 2024, o setor supermercadista brasileiro registrou um faturamento de R$ 1,067 trilhão, equivalente a 9,12% do PIB nacional. O número de lojas também aumentou, com um crescimento de 2,3% em relação a 2023, passando de 414.663 para 424.120 unidades. Qual a justificativa para não dar um aumento real para os trabalhadores?", questiona Ayer.