Dirigentes dos sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos da CUT em São Paulo (FEM-CUT/SP) se reuniram nesta quarta-feira, 25, em Salto, interior do estado, para debater os desafios da Campanha Salarial 2025 da categoria, cuja data-base é 1º de setembro. O encontro teve como foco principal o fortalecimento da mobilização nas bases e a construção de uma estratégia coletiva para as negociações, a partir da análise do atual cenário econômico.
Durante a reunião, a economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da FEM-CUT/SP, Caroline Gonçalves, apresentou um diagnóstico detalhado da conjuntura econômica brasileira, com ênfase em indicadores que impactam diretamente as negociações coletivas da categoria metalúrgica. “Os números apresentados são subsídios para serem usados nas mesas de negociação com dados concretos e atualizados”, explicou ela.
Além do avanço nas pautas econômicas, os sindicalistas vão focar também nas cláusulas sociais: condições de trabalho, vale-alimentação, tíquete, combate ao assédio e direito à organização no local de trabalho.
“Tudo isso tem que estar na mesa de negociação. Vamos levar esses dados para base e reforçar a mobilização. Só com pressão organizada vamos garantir conquistas reais”, disse o presidente da FEM/CUT-SP, Erick da Silva.
O vice-presidente da Federação e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Antonio Welber Filho, conhecido como Bizu, afirmou que os dados apresentados dão condições concretas para avançar nas negociações, mas não pode perder de vista a importância do aumento real de salário e da valorização das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), que incluem cláusulas econômicas e sociais.
Segundo ele, é fundamental que coloque na discussão com os patrões e com a categoria nesta campanha salarial o fim da escala de 6x1 e redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 e do Programa de Participação de Resultados (PPR) e a redução de juros.
“Esses são os pontos que dão força e legitimidade à nossa luta, que nos permitem construir unidade, mobilização e resultados concretos.Vamos juntos fazer uma grande campanha e garantir conquistas para os trabalhadores”, ressaltou Bizu.
Os sindicalistas reafirmaram a importância da mobilização como pilar para as conquistas da campanha. Um novo ciclo de debates está previsto para as próximas semanas, para avaliar o andamento das negociações e os possíveis ajustes na estratégia de campanha.
Com o slogan "Construindo nosso futuro com melhores condições de trabalho e de vida", a Campanha Salarial 2025 teve sua pauta construída com as bases dos sindicatos filiados em todo estado e já foi entregue nas mãos dos representantes de todos os grupos patronais.