Notícia - Luiz Marinho defende igualdade de oportunidades e alerta para impactos da tecnologia nas relações de trabalho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou nesta sexta-feira (27) a importância de alinhar a geração de empregos à valorização do trabalhador e à garantia de direitos. A declaração foi feita durante palestra no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), como parte do Ciclo de Palestras promovido pelo sindicato, que reuniu representantes de trabalhadores, empresários e parceiros do setor da construção civil.

“Vivemos um momento em que as tecnologias impactam diretamente os postos de trabalho e, por isso, precisamos pensar políticas públicas que garantam proteção aos trabalhadores e promovam inclusão”, afirmou Luiz Marinho. O ministro ressaltou os desafios do mundo do trabalho diante da adoção acelerada de novas tecnologias e reforçou que esse processo exige respostas do Estado e do setor produtivo.

Entre os temas abordados, Luiz Marinho destacou as ações do governo federal para combater as desigualdades no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito à igualdade salarial entre mulheres e homens. “Encaminhamos ao Congresso uma lei para tratar da igualdade salarial. A lei já está em vigor e o Ministério do Trabalho está monitorando a sua aplicação, junto com o Ministério das Mulheres”, explicou.

Segundo o ministro, a equiparação salarial é uma questão de justiça e respeito. “Não é possível justificar que uma mulher ganhe menos que um homem tendo a mesma qualificação, a mesma produtividade. Isso é preconceito”, pontuou.

Luiz Marinho também comentou as resistências à aplicação da Lei da Igualdade Salarial, especialmente por parte de empresas que alegam violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Algumas empresas entraram na Justiça alegando que o envio de dados fere a LGPD. Mas não estamos expondo ninguém. O relatório é feito pela própria empresa. É um processo de autoconhecimento que muitas sequer iniciaram”, afirmou.

O ministro aproveitou a ocasião para abordar outro ponto sensível no ambiente de trabalho: a saúde mental. Ele alertou para os riscos do uso excessivo da tecnologia e o impacto da hiperconectividade na vida dos trabalhadores. “A tecnologia não pode transformar o trabalhador em escravo da conexão. Há casos de chefes que ligam de madrugada. Isso adoece, causa desequilíbrio. Precisamos respeitar o tempo de descanso e construir ambientes de trabalho mais saudáveis”, destacou.

Ao final do encontro, Luiz Marinho convocou o setor empresarial a se engajar de forma mais ativa no combate às desigualdades e na construção de um mercado de trabalho mais justo. “As empresas têm que fazer a sua parte. E a sociedade também precisa cobrar. Esse é um esforço coletivo”, concluiu.


Fonte:  Ministério do Trabalho / Foto: Arquivo MTE - 30/06/2025

 

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