Enquanto as negociações da campanha salarial 2025/2026 estão suspensas por conta da intransigência da entidade patronal, os metalúrgicos representados pelos sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) seguem intensificando as mobilizações em todas as regiões do estado. Mesmo com a chuva nos últimos dias, os dirigentes sindicais tem realizado assembleias em todos os turnos para conversarem com a categoria e pressionarem para que a patronal apresente uma proposta digna.

Nesta semana, os trabalhadores da base estão recebendo a última edição do boletim informativo da FTM-RS, Reaja!. A publicação destaca o reajuste de 7,5% no salário mínimo e a proposta de 8% no piso regional, em 2025, e evidencia o conduta da patronal que vai na contramão da conjuntura.

De acordo com os dirigentes dos sindicatos, várias empresas nas mais diversas regiões do estado já estão concedendo um adiantamento salarial de 5%, 6% e até 10%. E todas se comprometeram em pagar a diferença, caso seja acordado um índice maior. Por isso, é o momento dos trabalhadores pegarem junto com os sindicatos filiados à Federação e se somarem às atividades que estão ocorrendo nas portas de fábricas.

A patronal da Metalurgia propôs um índice de reajuste de 5,32%. Já para os trabalhadores de Máquinas Agrícolas, a proposta foi de 5%. Ambos, a partir de maio. A reivindicação de reajuste dos trabalhadores é de 10% para repor o poder aquisitivo do salário dos trabalhadores, perdidos entre 2019 e 2024, período em que aumentou consideravelmente o custo de vida no Brasil.

As mesas de negociação seguem suspensas e só voltam a ocorrer quando uma das partes apresentar uma nova proposta.