O movimento sindical tem buscado diversas formas de diálogo com o governo federal para discussão das pautas necessárias à classe trabalhadora. Neste sentido, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), na figura do presidente e amigo do Sindicato, Ricardo Patah, tem realizado trabalho importante abrindo espaço e direito à voz em diversos fóruns de debates.
A visita do ministro-chefe da secretaria-geral da presidência da república, Marcio Macêdo, à sede da central nesta quarta-feira (21), é mais uma passo expressivo na construção desta ponte sólida de trabalho e parceria.
Na presença da diretoria da UGT e lideranças sindicais, Macêdo destacou que o governo Lula tem atuado de forma efetiva em diversas frentes, com o fim da escala 6×1, a taxação para os super-ricos, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil Reais e regulamentação dos aplicativos.
“Apesar das dificuldades enfrentadas para dialogar com o Congresso Nacional, o presidente Lula está trabalhando conosco, com ministros e deputados de bancada governista para avançar nestas pautas fundamentais para o desenvolvimento do país”, disse.
O ministro foi taxativo ao ser questionado sobre o escândalo da fraude do INSS contra aposentados e pensionistas. “Isso é coisa de criminoso e delinquente. Quem errou está pagando na forma da lei”, afirmou.
Nosso secretário de relações sindicais, Francisco Xavier da Silva Filho (Chiquinho), representando o presidente do Sindicato Valdemir dos Santos Soares (Moleque), em sua fala, criticou a falta de combatividade do governo frente aos ataques covardes da oposição e às Fake News.
“O governo federal tem que ser efetivo em restaurar a verdade dos fatos. Esta vergonha da fraude do INSS vem desde o governo Bolsonaro, lá em 2019. Temos que explicar isso aos brasileiros e acabar com tantas fake news”. E complementou. “O presidente tem que por a mão pesada naqueles que lesaram nossos aposentados e pensionistas, e mandar um recado sério para a sociedade”.
O companheiro Chiquinho aproveitou o ensejo para solicitar ao ministro a reabertura da discussão sobre a aposentadoria especial de 25 anos anos motoristas de todo o país. Aliás, uma pauta antiga defendida pelo Sindicato, inclusive com série de estudos realizados de impactos nexo-causal que comprovam a necessidade deste benefício aos profissionais do volante.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o transporte rodoviário urbano por ônibus conta com mais de 60 mil trabalhadores, dos quais mais de 40 mil operadores estão todos os dias dentro dos ônibus, transportando mais de 6 milhões de passageiros aos seus destinos.
A direção do Sindicato, especificamente, deixou um recado de apoio ao governo federal. Contudo, observou a necessidade de maior interlocução com seus representantes na discussões das pautas da classe trabalhadora.
“Contamos com maior proximidade do governo com as entidades sindicais nas bases, onde estão os trabalhadores. Esta parceria nos ajudará a discutir as pautas e nos dará força nas negociações. É uma crítica construtiva para avançarmos juntos em prol de um Brasil melhor, justo e desenvolvido”, afirmou Chiquinho.