Notícia - FEM-CUT/SP e sindicatos filiados entregam carta aberta ao ministro Luiz Marinho pela redução de jornada e isenção de IR

Os metalúrgicos da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados entregaram uma carta aberta ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no último dia da 9ª Plenária da entidade, realizada nesta sexta-feira (16) em Itanhaém. O documento pede compromisso do governo federal para avançar na pauta da redução de jornada sem redução de salário e na isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

A pauta da isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma luta do movimento sindical, em especial dos metalúrgicos, para garantir mais justiça social para a classe trabalhadora. “Trata-se de uma correção necessária para proteger o poder de compra da classe trabalhadora, aliviar o orçamento das famílias e contribuir com a retomada da economia por meio do estímulo ao consumo”, aponta o texto redigido pelas entidades sindicais dos metalúrgicos.

A redução de jornada sem a redução de jornada é outra pauta histórica da FEM-CUT/SP e dos sindicatos filiados. A medida, que já foi conquistada em diversas fábricas da base da entidade no estado de São Paulo, é vista como fundamental para a categoria e para a classe trabalhadora.

“A luta por jornadas de trabalho mais humanas é histórica e continua sendo extremamente atual. A proposta de redução da jornada semanal de trabalho, sem redução salarial, não é apenas uma reivindicação justa do ponto de vista social — ela é uma necessidade diante das transformações tecnológicas e da crescente demanda por qualidade de vida”, destaca o texto entregue ao ministro Luiz Marinho.

Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, lembrou a luta sindical e o engajamento atual da entidade e dos sindicatos filiados.

“Essas duas pautas são históricas do movimento sindical, que sempre lutou por avanços. Os metalúrgicos são vanguarda nessa luta e têm bons exemplos de que é possível avançar nesses temas. Estamos engajados para o atual debate e mobilizando as nossas bases nesse sentido. Além disso, é fundamental termos o engajamento do governo federal para avançarmos e trazermos melhorias para a classe trabalhadora”.

 

Apoio do governo federal

O ministro Luiz Marinho destacou a condução da economia brasileira pelo governo Lula, com o aumento dos empregos, a retomada da industrialização, novos programas que englobam a nova indústria, tecnologias e mecanismo de produção.

Marinho lembrou que ampliar a faixa de isenção do IR é um compromisso do governo federal desde os primeiros governos do presidente Lula e também dos mandatos de Dilma Rousseff. Ele completou que o novo projeto agora depende dos deputados e senadores.

“O governo Lula retomou esse tema e o projeto para isentar até quem ganha até R$ 5 mil está no Congresso Nacional para valer a partir do próximo ano. Evidente que depende de o Congresso Nacional aprovar. Eu sei que a FEM está conduzindo esse debate. É muito importante essa participação, esse envolvimento da classe trabalhadora nesse processo para que o Congresso Nacional não vacile, porque ali tem muita gente que é contra. Pode não parecer, mas tem gente contra”, enfatizou o ministro.

Sobre a redução de jornada, Marinho afirmou que é um caminho fundamental. “Acho que a economia brasileira está madura para a redução da jornada máxima no país”, afirmou ele, completando a importância de discutir o fim da escala 6×1, que penaliza a classe trabalhadora, especialmente as mulheres. “Então, é fundamental esse debate e a busca de fortalecimento dos sindicatos para bem representar, inclusive a partir das convenções coletivas”, finalizou o ministro.


Fonte:  FEM-CUT/SP - 19/05/2025

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.