A União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifesta repúdio à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 14,75%. Essa medida é um duro golpe contra o mercado produtivo brasileiro, que já enfrenta inúmeros desafios para gerar emprego, renda e garantir o crescimento sustentável. Ao privilegiar os ganhos fáceis de especuladores do sistema financeiro, que nada produzem, essa política monetária penaliza trabalhadores, empresários e toda a cadeia produtiva nacional.
Com essa decisão, o Brasil passa a ter o terceiro maior juro real do mundo, atrás apenas da Turquia e da Rússia — um absurdo para um país que precisa crescer e gerar oportunidades. É inadmissível que, mesmo sob um governo progressista e comprometido com políticas de inclusão e desenvolvimento, prevaleça a lógica do rentismo.
O atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não pode continuar refém das pressões de banqueiros e representantes da Faria Lima. É hora de romper com essa mentalidade conservadora, assumir a liderança e atuar com coragem em favor do povo brasileiro.
O Brasil precisa de investimento, consumo, crédito acessível e estímulo à produção. Não é com juros estratosféricos que alcançaremos isso. A UGT defende uma política monetária alinhada aos interesses nacionais, que impulsione a economia real e promova justiça social. Basta de travar o país para agradar o mercado financeiro.