Artigo - Eu fui e afirmo: vale a pena conhecer a China!

Confesso que sempre tive vontade de conhecer a China. E hoje, com a intensificação do unilateralismo e a hegemonia das grandes potências, fortalecendo-se com a criação do BRICS — que tem a China e o Brasil como integrantes —, tornou-se ainda mais atraente e urgente conhecer e tentar compreender este país gigante, com mais de 1 bilhão e meio de habitantes.

E lá fui eu, no dia 18 de setembro, embarcando com destino à China, a convite da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores, junto com mais 26 companheiros e companheiras de diversas centrais sindicais que foram contempladas com o convite, com todas as despesas pagas pela ACFTU-Chinesa. É importante ressaltar que este intercâmbio entre dirigentes sindicais brasileiros e chineses já vem ocorrendo há algum tempo, estreitando laços e ideias. Mas esta visita ocorreu em um momento especial, quando as relações diplomáticas entre Brasil e China completam 50 anos. Hoje, a China é o país que mais importa produtos alimentícios do Brasil.

Confesso ter ficado impressionado com a cultura, a disciplina, o meio ambiente, a tecnologia e, especialmente, as políticas de longo prazo da China. Podemos trabalhar com diversos exemplos que demonstram como, na China, determinadas práticas já estão plenamente estabelecidas.

A cultura para todas as idades, com objetivo de atrair o turismo, facilitando o uso da tecnologia. A disciplina é notável: anda-se pelas ruas e calçadas muito bem conservadas; não se vê nenhuma sujeira. A preservação ambiental é uma prioridade — as árvores são cuidadas de forma exemplar; todas as cidades são muito arborizadas e em todas as instalações não se nota a fiação, que é subterrânea.

Muitos hotéis têm recepção com robôs, com programação para atender em vários idiomas. Nas lojas, os vendedores são muito bem preparados para atender os clientes com uso de toda tecnologia na palma da mão. Eles também vêm enfrentando o trabalho informal, principalmente no setor de aplicativos. Lá, conhecemos uma estrutura criada para atender os condutores de aplicativos, com fornecimento de refeição, treinamentos para tratar os clientes e instrução de trânsito, além de espaço para descompressão e higiene.

A maioria dos veículos na China são elétricos; as motos são de pequeno porte e também todas elétricas. Assim, não há poluição sonora nem emissão de gases. Tive a percepção de um trânsito confuso, mas fui informado que há poucos acidentes. O transporte ferroviário é muito presente, inclusive com o trem-bala.

Minha maior percepção é de que a China tem políticas internas bem definidas e de fácil aplicação, com toda população engajada no desenvolvimento sustentável do país. Quanto à política externa, é de longo prazo, com investimentos principalmente em países em desenvolvimento, para que as populações desses países evoluam financeiramente e possam consumir os produtos chineses, que não param de ser fabricados.

Se tiver oportunidade, vá conhecer a China. Vale a pena!


Artur Bueno Júnior
Presidente do STIAL (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), da USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) e Vice-Presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins)

 

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