A aprovação unânime pela Câmara dos Deputados ao projeto que isenta o IR (Imposto de Renda) para quem recebe até R$ 5 mil por mês é uma vitória da democracia. Mas a luta não pode parar, pois ainda há muitas pautas a serem defendidas em prol dos trabalhadores e da população.
A vitória do PL (Projeto de Lei) 1.087/2025, inclusive, renova a esperança por uma mudança de rumos do nosso Congresso Nacional conservador. Com povo na rua e povo nas redes, os deputados cederam à pauta que melhora a vida da base da pirâmide, mas incomoda o andar de cima.
A força deste movimento é comprovada pela aprovação unânime do projeto, contra a chantagem da extrema-direita – ela utilizava a isenção como moeda de troca para o PL da Anistia e a PEC da Blindagem. Venceu a narrativa da justiça tributária, colocada de forma firme pelos movimentos sociais, movimento sindical e partidos progressistas.
Tudo em prol de uma medida com alto grau de promoção da igualdade. Talvez o ponto mais importante da votação foi a inclusão de um artigo, que obriga o governo federal a apresentar, em até um ano, uma política clara para o reajuste automático da tabela do IR.
A grande questão exposta neste episódio, aliás, foi a defasagem desta tabela desde 2014, passando pelos governos Temer e Bolsonaro, e punindo os mais pobres.
É esta energia que não pode parar. Em primeiro lugar porque a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil precisa passar pelo Senado. Além disso, temos a pauta da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, contra a escala 6X1. Integrando o Plebiscito Popular, este assunto está adormecido na Câmara Federal, à conveniência dos empregadores e do Capital. Mãos à obra.