Artigo - 1º de Maio

Foi o José Luís del Roio quem chamou a atenção para o fato de que a comemoração do 1º de Maio era a única verdadeiramente universal em todos os povos e países.

Seja em sua variante movimento – como Dia do Trabalhador – seja em sua variante institucional – como Dia do Trabalho – a data é ocasião para acontecimentos festivos, mobilizadores e de confronto.

Apenas os Estados Unidos no mundo inteiro celebram o seu Labor Day (desde 1894) na primeira segunda-feira de setembro, revelando um exclusivismo norte-americano que antecipa de muito o isolacionismo trumpista.

A história do 1º de Maio, de sua instituição, dos massacres, das lutas e das sucessivas comemorações já foi escrita por muita gente, mas, uma vez mais, recorro ao José Luís para uma informação completa, particularmente no Brasil. Sua História do 1º de Maio merece ser lida.

Este ano as comemorações previstas espalham-se pelo país todo com eventos dos mais variados, desde a concentração turbinada por sorteios, a reunião entre sindicatos do Cone Sul na Foz do Iguaçu, a marcha em Brasília para a entrega formal da pauta unificada às autoridades e as mais variadas iniciativas em muitas cidades com a participação das prefeituras locais.

A pauta unificada – apesar das manifestações descentralizadas – ecoa aquela que foi elaborada na CONCLAT de abril de 2022 e tem como pontos fortes a listagem dos avanços obtidos e as reivindicações atuais: redução da jornada, fim da escala 6 x 1, valorização das negociações coletivas, isenções no IR e muitas outras.

Mais uma vez no 1º de Maio o movimento sindical se manifesta e se afirma como protagonista essencial da vida democrática brasileira.


João Guilherme Vargas Netto
É membro do corpo técnico do Diap e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo

 

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