Notícia - CUT quer destravar pauta dos trabalhadores no Congresso

O presidente da CUT, Artur Henrique, classificou de positivo o Dia de Pressão feito quarta-feira da semana passada em Brasília, para o Congresso colocar na pauta os projetos de interesse dos trabalhadores.


Durante todo o dia, cerca de 500 sindicalistas fizeram um corpo-a-corpo com deputados federais e senadores sobre a necessidade do Senado e da Câmara Federal aprovarem a redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do imposto sindical e o fim do fator previdenciário e outros assuntos.


Artur disse que a pauta dos trabalhadores deve ser colocada com a mesma prioridade das pautas dos empresários. “Queremos a garantia da organização no local de trabalho, a melhoria das condições de trabalho e a ampliação da negociação dentro das empresas”, enumerou Artur.


Tanto o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT), como o senador Armando Monteiro (PTB), ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), se comprometeram a debater com as lideranças políticas o encaminhamento desses projetos.


Uma das sugestões de Artur para destravar a pauta é a adoção da fórmula 95/85 em substituição ao fator previdenciário nas aposentadorias.


Ele também se disse disposto a construir um novo modelo de financiamento dos sindicatos em substituição ao imposto sindical. “Não queremos nenhum desconto obrigatório, como é hoje, mas a criação de uma contribuição que seja aprovada em assembleia pelos trabalhadores”, comentou.


Artur Henrique também destacou a necessidade de fortalecer as relações de trabalho a partir de negociação com as representações no local de trabalho. “Quanto mais negociação, menos leis”, afirmou.


Ele comentou que hoje existe cerca de três milhões de processos na Justiça do Trabalho, a maior parte relacionados a horas extras e equiparação salarial. “Com negociação, essas questões seriam resolvidas sem a necessidade do trabalhador recorrer à justiça”, explicou.


Artur comentou que a CUT vai continuar realizando manifestações neste segundo semestre. “A nossa luta não pode parar. Com mobilização e pressão vamos atrás de mais conquistas para a classe trabalhadora.


Fonte:  Sindicato dos Metalúrgicos do ABC / Foto: Augusto Coelho - 16/08/2011


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