O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Bioquímicos e Técnicos em Laboratório de Roraima (Sindifarr), Alberto Vagner, disse nesta quinta-feira (28) que o número de profissionais convocados no concurso da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) é insuficiente para atender a demanda dos hospitais do estado. O Sindifarr cobrou ainda mais farmacêuticos na unidades.
"Não foi chamado nenhum farmacêutico. Entregamos ao secretário de Saúde um relatório com o quantitativo mínimo para darmos continuidade aos serviços, tendo em vista que a precariedade de funcionários é grande e necessita dessa contratação. Eles [governo] estavam cientes da situação", explicou Vagner.
De acordo com ele, para suprir a demanda, seria necessária a convocação de 30 bioquímicos, 30 farmacêuticos e 30 técnicos para Boa Vista, além de 5 bioquímicos, 5 farmacêuticos e 5 técnicos para o interior do estado. "Isso colocando por baixo, pois são necessários pelo menos dois técnicos para cada bioquímico", frisou.
Para que os hospitais sejam atendidos, de acordo com o Sindifarr, o governo paga hora extra aos profissionais, o que para Vagner os sobrecarrega e causa prejuízos no trabalho. A insatisfação da categoria se estende ainda à falta de pagamento de progressões e auxílio-alimentação. O Sindifarr não descarta a possibilidade de uma paralisação.
"Não queremos prejudicar o serviço nas unidades, queremos conversar, apresentar nossos pontos e chegar a uma negociação. Mas também não podemos continuar como estamos, sem sermos atendidos", destacou Vagner.
O que o governo diz
Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo informou que, diante da necessidade apresentada pela Sesau, a gestão atual nomeou mais de 200 candidatos aprovados no concurso público na área dea Saúde. A nomeação, segundo a nota, inclui a chamada de dez aprovados no cargo de bioquímico, para lotação em Boa Vista, São João da Baliza, São Luiz e Amajari, e dez aprovados para o cargo de técnico de laboratório para os municípios de Boa Vista, Caroebe e Normandia.
"Ressaltamos que a Coordenadoria Geral de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde está realizando um levantamento de todos os servidores efetivos, lotados nas unidades da capital e interior, para saber a real necessidade na área e, tão logo o relatório seja concluído, será possível analisar a possibilidade de novas chamadas", conclui a nota.