Notícia - Lay-off e férias coletivas dos setores automotivo e siderúrgico já atingem mais de 3.600 em MG

A crise e a desaceleração da produção industrial ameaçam hoje trabalhadores do norte ao sul do Estado. Em sete regiões de Minas Gerais, somam-se mais de 3.600 funcionários dos setores automotivo e siderúrgico em férias coletivas ou que serão colocados em lay-off no próximo mês. Além disso, cerca de 1.300 demissões nos segmentos de mineração, ferroligas e automotivo já ocorreram no Estado desde o início do ano. São ao todo quase 5.000 trabalhadores desses trades afetados pela crise que atinge a indústria nacional.

Para os sindicatos dos trabalhadores, as férias coletivas e o lay-off (suspensão de contratos de trabalho) ameaçam, mas são uma esperança para evitar mais demissões. “A gente acredita que, no ano que vem, as coisas estarão melhores, vai ser um outro cenário. Em breve, a Mercedes vai começar a produzir cabine de caminhão aqui em Juiz de Fora e esperamos que isso ajude a aumentar a produção”, avalia o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, Antônio Carlos Nascimento.

Segundo o sindicalista, a fábrica da Mercedes-Benz propôs ao sindicato colocar de 80 a 120 funcionários em lay-off por mais dois períodos. O primeiro a partir de junho até novembro deste ano, e depois uma suspensão de contrato que vai de novembro de 2015 a abril de 2016. Os funcionários que participam do lay-off terão 12 meses de estabilidade de emprego, conforme negociação com o sindicato. A Mercedes-Benz confirmou a negociação através de sua assessoria de imprensa. A empresa já estava com cem funcionários em lay-off que voltarão à fábrica no final do mês de maio.

Na região de Jeceaba, a Vallourec&Sumitomo Tubos do Brasil (VSB) acordou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco, Congonhas, Jeceaba e Base a suspensão de contrato de trabalho de 1.400 funcionários a partir de junho. Por lei, o lay-off pode durar até cinco meses. Na negociação, o sindicato conseguiu garantir uma estabilidade de emprego de mais seis meses após o fim do prazo da suspensão.

Segundo nota oficial da VSB, o lay-off foi necessário como uma “maneira de enfrentar a forte retração na demanda por tubos de aço sem costura, privilegiando a manutenção dos contratos de trabalho”. A empresa também afirmou que mesmo com a suspensão de contratos de cerca de 50% de seus funcionários, “não haverá desligamento do seu alto-forno nos meses de junho e julho, e não há ação desta natureza planejada”.


Fonte:  Ludmila Pizarro/O Tempo - 27/05/2015


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