Notícia - Audiência sobre futuro de creche em Uberlândia termina sem acordo

Terminou sem acordo a audiência entre a Prefeitura de Uberlândia, a Fundação Maçônica e o Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas (Sintibref) que discutiu o futuro do Centro de Educação Infantil Irmã Odélcia Leão Carneiro, do Bairro Shopping Park. Sem concordata, o Sindicato resolveu que não haverá atendimento na creche a partir de segunda-feira (25).

O local está sob administração da Fundação Maçônica e na semana passada teve atividades interrompidas durante dois dias. A paralização, segundo a Fundação, ocorreu devido a problemas financeiros - a conta de energia estava com dois meses de atraso, o telefone sem fazer ligação e as dívidas com fornecedores chegavam a R$ 6 mil. A creche só voltou a funcionar por meio de liminar.

A audiência para tentar resolver o impasse durou duas horas e meia. Na sessão, as funcionárias da creche manifestaram que as condições de trabalho no local são precárias, pois faltam gêneros alimentícios básicos para oferecer para as crianças. A situação, segundo elas, é insustentável devido a pressões vinda dos pais dos alunos e de agentes de fiscalização.

Consta na ata que representantes da Fundação Maçônica informaram que receberam da Secretaria de Educação a proposta de adiantamento de uma das prestações de dezembro, desde que desistissem do recurso contra a liminar. A proposta, segundo eles, foi verbal.

O procurador do Trabalho, Paulo Gonçalves Veloso, insistiu na possibilidade de acordo e sugeriu que fosse feito o adiantamento citado, mas os procuradores do Município disseram que desconheciam a proposta e requereram a suspensão da audiência para verificar a possibilidade da antecipação de alguma parcela do convênio.

Apesar das tentativas do Ministério Público do Trabalho (MPT), a sessão foi suspensa e o Sindicato manteve a decisão de greve.

Segundo a coordenadora regional do Sindibref, Simone Fernandes de Oliveira, a preocupação é que o impasse entre a Prefeitura e a Fundação Maçônica também prejudique o atendimento em outros locais.

O procurador do Trabalho, Paulo Gonçalves Veloso, disse que o MP está investigando novas denúncias sobre atrasos de salário da Fundação.


Fonte:  G1 - 25/05/2015


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