Notícia - Servidores em greve reduzem atendimentos no HU de Cascavel

O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná (Sinteoeste) reduziu a partir desta quarta-feira (20) os atendimentos no ambulatório do Hospital Universitário de Cascavel (HU). Os servidores estão em greve desde o dia 23 de abril.

Segundo o sindicato, na manhã desta quarta apenas 30% dos serviços essenciais foram mantidos. Como os atendimentos no ambulatório são agendados, muitos pacientes foram avisados e o movimento no HU foi pequeno. A partir da quinta-feira (21), os agendamentos serão cancelados.

"A greve na Unioeste, pelo Sinteoeste, foi deflagrada a partir do dia 23 de abril e até esse momento a gente não reduziu o atendimento nenhum a população, tendo em vista toda a complexidade que envolve o HU. Entretanto, devido a intransigência do governador Beto Richa (PSDB) em negociar com todos os trabalhadores do funcionalismo estadual nós resolvemos lançar mão desse artifício para que a sociedade precione o governo do estado e para que se resolva da melhor maneira e o mais rápido possível", comentou o representante do sindicato Muriel Padovani Giolo.

De acordo com Giolo, mais da metade dos trabalhadores estão paralisados. "São 700 servidores vinculados a Unioste que trabalham no HU e esses servidores são divididos em vários turnos de trabalho. No momento nós temos em torno de 50% dos servidores aderindo ao movimento". Por dia, são realizadas cerca de 100 consultas no ambulatório do HU. Com a redução, em torno de 70 pacientes vão deixar de ser atendidos.

O G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que informou que a assessoria de imprensa do HU poderia responder sobre o impacto da redução dos atendimentos. Porém, a assessoria do HU não atendeu às ligações.

Greve

Essa é a segunda greve deste ano. A primeira paralisação, no dia 19 de fevereiro, foi motivada, principalmente, proque a categoria era contra o Projeto de Lei que pretendia mudar o Regime Próprio de Previdência Social. A greve foi suspensa no dia 12 de março após negociações com o governo.

No dia 23 de abril, os servidores decidiram retomar a paralisação porque, conforme o sindicato, o Governador Beto Richa (PSDB) não manteve as negociações a respeito da previdência, como tinha sido acordado. Em 29 de abril, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, por 31 votos a 20, o projeto do governo estadual para mudar a forma de custear a ParanaPrevidência.

O sindicato pede reajuste nos salários de 8,17%. Na terça-feira (19), a reunião terminou sem acordo.


Fonte:  G1 PR, com informações da RPC Cascavel - 21/05/2015


Comentários

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.