Funcionários da empreiteira Ecman Engenharia, que presta serviços de reconstrução no Armazém 8 do Porto de Santos à Rishis Empreendimentos e Participações – empresa da Eldorado Brasil – protestaram nos últimos dois dias contra o atraso nos salários e por temerem que a terceirizada não pague o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a rescisão contratual, uma vez que as obras estão no final. 

Os cerca de 80 profissionais da Ecman realizaram a manifestação sem auxílio do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos). Foram eles que produziram os cartazes e paralisaram as atividades.

“Infelizmente eles não nos procuraram para demonstrar o descontentamento com as instituições”, disse o vice-presidente do Sintracomos, Luiz Carlos de Andrade, que foi informado por alguns profissionais que os salários estão atrasados há dois meses. 

O sindicalista lembra que, em 20 de março, esteve com os trabalhadores, no Ministério Público do Trabalho (MPT), onde um processo sobre o caso está  em tramitação. 

Após a  mobilização dos trabalhadores, o  jurídico do Sintracomos  requereu uma  nova audiência ao MPT para formalização de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O sindicato, agora, aguarda o agendamento.

Resposta

Em nota, a  Rishis Empreendimentos e Participações reforça que cumpre rigorosamente todos os termos do contrato celebrado com seus parceiros e fornecedores e espera que as companhias contratadas também sigam desta forma. 

“Em respeito  aos trabalhadores diretos da Ecman, a Rishis está oferecendo orientação para que eles procurem o sindicato da categoria e, com a entidade, acionem legalmente a Ecman, reivindicando o pagamento de salários e benefícios”, diz o texto. 

A Tribuna entrou em contato com a Ecman, mas até o final desta edição não obteve resposta