Diante as recentes estratégias de cortes de custos promovidas por veículos de comunicação espalhados pelo país, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro deu início à campanha que visa lutar pela manutenção do emprego de quem atua na mídia. O movimento começou na quarta-feira, 15, por meio das redes sociais.
Com a mensagem, “Jornalista é trabalhador – Chega de demissões”, a entidade carioca usou a fan page que mantém para detalhar movimentações realizadas no setor de imprensa desde o começo do ano. A instituição lembra que marcas como SBT, Band, Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo e Estado de Minas diminuíram suas redações no primeiro quadrimestre de 2015.
“Fizemos um infográfico para mostrar que, mais uma vez, é o trabalhador jornalista quem está pagando a conta da ‘crise’ das empresas de comunicação”, afirmou a direção do sindicato ao divulgar a imagem no Facebook. No post, a entidade pediu para o conteúdo ser compartilhado – o que deu certo; até o fim da tarde desta sexta-feira, 17, a mensagem tinha mais de 200 compartilhamentos.
O post da instituição provocou a reação de alguns usuários. Determinados perfis reclamaram das posturas das empregadoras da área. “As empresas seguem fortes e lucrativas, conforme o discurso de empresários de jornais. Para eles, isso é que importa. E seguem entregando aos assinantes um jornal diferente daquele que venderam. Cadê o Direito do Consumidor?”, questionou um dos internautas.
Pelo emprego. Contra a “pejotização”
No mesmo dia em que a ação da entidade do Rio de Janeiro se tornou pública, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo se uniu à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e à Central Única dos Trabalhores (CUT) em iniciativa em defesa dos direitos trabalhistas de funcionários do meio da comunicação. Em encontro realizado na capital paulista, o trio lançou movimento com o mote “Contra a terceirização no jornalismo – Não aos PJs nas redações”.
“A categoria dos jornalistas é assalariada e profundamente precarizada. Entre os jornalistas há muito tempo existe a figura do ‘PJ’ [pessoa jurídica] que é uma fraude, uma negação da carteira de trabalho para os profissionais”, criticou o presidente do sindicato de São Paulo, Paulo Zocchi, conforme informa texto publicado no site da entidade.