Notícia - Para ministro do TST, PL cria situação dramática para o terceirizado

Representantes das centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira (17), em Brasília, com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antônio José de Barros Levenhagen, para discutir medida que trata do financiamento das entidades sindicais. A CTB esteve representada pelo da CTB-RS, Guiomar Vidor, e pela assessora jurídica, Zilmara Alencar. 

As centrais sindicais, de forma unânime, querem o cancelamento do Precedente Normativo n° 119, do TST, que limita a obrigatoriedade da contribuição sindical apenas aos trabalhadores filiados à entidade sindical.

Os dirigentes entendem que já que os benefícios e melhorias conquistados são garantidos a todos os empregados, filiados ou não, a contribuição deve ser extensiva a todos também, como contrapartida da categoria pelas despesas da entidade sindical com a campanha salarial.

Levenhagen reconheceu a importância do trabalho das entidades sindicais e de seu financiamento pela categoria profissional. “É uma questão de justiça. [a entidade] Está prestando um serviço à categoria e nada mais justo que todos contribuam. Está na hora de rever isto”, disse o ministro.

No entanto, para que o cancelamento do PN ocorra, é preciso que o Pleno do Tribunal decida, por maioria absoluta (14 votos favoráveis). Levenhagen foi bastante sensível à reivindicação das centrais e se comprometeu em defender a tese do cancelamento. “Estou empenhado. Assim que sair o parecer da comissão, irá para Pleno decidir”, afirmou.

O presidente do TST enfatizou: “Para mim, parece de uma clareza muito grande em termos de justiça. Nada mais justo que o sindicato se empenhe em ter conquistas e ter um retorno de quem não é filiado”.

Terceirização


Guiomar Vidor, da CTB, fez um reconhecimento público da importância do apoio do presidente do TST não só na questão do financiamento das entidades sindicais, mas, também, contra o Projeto de Lei 4330/2004, que trata da terceirização no país e que representa graves tentativas de retirada de direitos, já aprovado pelo plenário da Câmara dos deputados.

O ministro Lavenhagen, mais uma fez, demonstrou serenidade, clareza e compromisso com as causas dos trabalhadores. “É meu dever e minha convicção pessoal. Quando de fala em terceirizar a atividade fim, estamos falando em aumentar a lucratividade. [o projeto] Cria uma situação muito dramática para o terceirizado e é claramente retirada de direito”. E alertou: “O projeto que está vindo da Câmara contém normas em branco. E quando [um projeto] contém normas em branco, isso é um perigo”.

A CTB está empenhada contra o PL 4330/04 e tem realizado manifestações e protestos em todo o país para impedir que este nefasto projeto avance no Congresso Nacional. Na próxima semana, o projeto volta à pauta do Plenário da Câmara para votação dos destaques da proposta. A CTB e sua militância fará uma vigília, em Brasília, na quarta-feira (22), contra esta tentativa de precarização das relações de trabalho. O ato começa às 10h, no PASSI (Posto Avançado de Ação Sindical, Social e Institucional), e às 14h na Câmara, na entrada do Anexo II.


Fonte:  Daiana Lima/Portal CTB - 17/04/2015


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