Há 22 dias em greve, os servidores municipais da educação de Pedra Preta, a 243 km de Cuiabá, tiveram os salários suspensos. A Justiça considerou a greve ilegal e determinou que eles voltassem ao trabalho, se não seriam multados. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), os servidores reivindicam a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
Ao todo, 350 servidores não vão ao trabalho desde o último dia 5 e, por causa disso, cerca de 2 mil estudantes estão sem aula durante esse período. A Prefeitura de Pedra Preta cortou o salário dos servidores que aderiram a greve. “Cortaram 12 dias de pagamento na folha dos servidores. Quem pegou o holerite do mês de março consta 12 dias a menos de salário”, disse a presidente do Sintep, Altiva Souza da Rocha.
A Justiça determinou a cobrança multa de R$ 10 mil por dia caso os servidores não voltassem ao trabalho, mas para o sindicato a greve não é ilegal. "Não consideramos que seja ilegal, pois todas as reivindicações estão previstas em lei", afirmou a sindicalista.
De acordo com a prefeitura, o projeto foi enviado para a Câmara Municipal em agosto do ano passado, mas até hoje não foi aprovado pelos vereadores. "Participamos de uma reunião com os vereaodres e eles pediram que fossem feitas readequações e nós atendemos à solicitação deles”, disse a prefeita de Pedra Preta, Marileide Araújo Philipi.
Ela também disse que o próprio sindicato pediu que o projeto fosse retirado da pauta de votação do Legislativo. “Para nós foi uma surpresa, porque pediram que retirássemos o projeto do PCCS e, praticamente 24 horas depois, o sindicato deflagrou a greve”, relatou. Uma reunião está marcada para o próximo dia 31, entre os servidores e a administração municipal. Os profissionais alegaram que vão manter a paralisação até essa reunião.