Notícia - Em greve, professores de São Paulo montam tenda para pressionar negociação

Em greve desde o dia 13 de março, os professores da rede estadual de ensino decidiram fazer uma série de ações em todo o estado para cobrar a abertura de negociação com o governo estadual. Na capital paulista, os profissionais filiados ao Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) montaram uma tenda em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, onde pretendem permanecer até que a secretaria os atenda.

A expectativa da Apeoesp é de que cerca de 200 professores se revezem no local à noite. Nesta quinta-feira (26), em frente à sede da secretaria, haverá uma vigília a partir das 18h para pedir a abertura das negociações.

De acordo com a Apeoesp, aproximadamente 139 mil professores aderiram à greve no estado. O governo chamou entidades ligadas ao magistério para conversar, mas que excluiu a Apeoesp das negociações.

Os professores reivindicam, principalmente, aumento salarial de 75,33%. Há também a questão referente a desdobrar as salas, que estão superlotadas. Os docentes defendem o número máximo de 25 alunos por sala. “Há uma desvalorização muito grande por parte do governo do estado, que envolve baixos salários, longas jornadas de trabalho e falta de equipamento. É a precarização das condições de trabalho que continuam”, afirmou Francisca Pereira, dirigente da Apeoesp e da CTB.

Na próxima sexta-feira (27), os professores farão uma nova assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 14h.

“Foi em conjunto com os servidores que a secretaria materializou um plano de carreira, que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional. Os profissionais da educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos”, diz a Secretaria de Educação, em nota.

A Apeoesp, no entanto, contesta o valor citado pela secretaria. “O governo não repôs perdas e nem deu ganho real. O governo fez um plano de quatro anos, disse que era 45% [reajuste] e, na prática, não é, porque já recebíamos gratificações. Portanto, elas [as gratificações] foram incorporadas ao salário-base e nós tivemos 27% em quatro anos”, disse em nota o sindicato da categoria.


Fonte:  CTB - 27/03/2015


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