Notícia - Enfermeiros de Santo Amaro querem incorporação de gratificação

A diretoria do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (Seese) realizou uma assembleia com os enfermeiros de Santo Amaro das Brotas-SE, na última quinta-feira (19), na qual eles levantaram questões como falta de condições de trabalho e precariedade nas negociações salariais. Há anos os servidores enfermeiros do município solicitam a gestão a incorporação de gratificação sem sucesso. Essa gratificação seria referente a atuação na Estratégia Saúde da Família (ESF).

“Os enfermeiros solicitam ao sindicato reforço nesse ponto de pauta. O vencimento base que perfaz R$ 1.200,00 reais é extremamente defasado em comparação a municípios vizinhos que possuem enfermeiros que atuam na ESF. A meta é de incorporação de 100% da gratificação”, explica Shirley Morales, presidente do Seese.

O sindicato tentou um diálogo com a prefeitura. Foram enviados ofícios para abrir os canais de diálogo, mas a prefeitura sequer respondeu os ofícios. Assim como nos outros municípios, já encaminhamos este ano para Santo Amaro das Brotas um ofício a fim de marcar uma reunião para fazer a negociação 2015, mas sem resultado”, disse Shirley Morales, presidente do Seese.

A líder sindical destaca ainda que os enfermeiros pedem que essa gratificação seja incorporada, uma vez que não gera impacto financeiro para o município. As gratificações são uma questão de precariedade nas relações de trabalho, visto que o fato dos servidores tanto de Santo Amaro como de outros municípios que recebem as gratificações estão em constante ameaças de corte dessas gratificações. “É um corte importante porque é praticamente 50% do que eles recebem”, ressalta Morales. No ano passado, houve um reajuste salarial de 6%, mas que não ajudou da perda que eles têm desde que assumiram o concurso de 2010.

Mais problemas


A categoria reclamou também que as unidades de saúde que existem em Santo Amaro não têm instalações adequadas para prestação de assistência de qualidade e, muitas vezes, colocam em risco a segurança dos pacientes e dos trabalhadores. Tal situação é uma disparidade, uma vez que existe uma clínica de saúde da família abandonada no município. Esta clínica seria inaugurada na gestão passada e não ocorreu. Entretanto a gestão atual nada faz para recuperar o prédio.

Outro ponto é a necessidade de ser criar um plano de carreira. “Existe um estatuto, mas o plano não. E nem sequer há previsão de uma comissão. “Queremos, no mínimo, a criação de comissão de elaboração de PCCV com presença do trabalhador conforme a Lei 8142/90 que é uma das leis orgânicas do SUS”, explica a presidente do Seese, informando ainda que o sindicato irá entrar com ação judicial para a criação da comissão.

O Seese encaminhará as denúncias para o Ministério Público Estadual e Federal, Câmara de Vereadores e Conselho Municipal e Estadual de Saúde.


Fonte:  Assessoria - 24/03/2015


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