Notícia - Sindicato registra boletim no ES por superlotação de hospital São Lucas

Representares do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde do Espírito Santo (Sindsaúde-ES) registraram um boletim de ocorrência no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória contra a situação do Hospital São Lucas, também localizado na capital capixaba. De acordo com o sindicato, a falta de mão de obra e o fechamento de leitos teria contribuído para a superlotação registrada nesta quarta-feira (4). A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) explicou que a situação só deve melhorar depois da inauguração de um novo prédio de urgência e emergência, prevista para ocorrer no período de um ano e meio.

Nesta quarta-feira, pacientes em estado grave que chegavam ao São Lucas precisavam ser encaminhados para outros hospitais. Pelos corredores, macas com pacientes dividiam espaço com os acompanhantes. Segundo a diretora do Sindsaúde, Magna Nery Manoeli, informações levantadas por eles mostram que o hospital está com déficit de 27 servidores, que foram tirados da folha de pagamento e não retornaram.Além disso, oito leitos estariam desativados. Dois deles pertenceriam ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI), três à sala vermelha e outros três à enfermaria. Uma sala de cirurgia dentro do centro cirúrgico também estaria fechada. Por conta desse fatores, pacientes que precisavam dar entrada no CTI foram transferidos, mesmo tendo espaço par atendê-los.

"Não estão sendo disponibilizados porque não tem mão de obra para se trabalhar, porque são os servidores que foram demitidos na folha de janeiro e que não retornaram. E temos servidores para serem chamados que são concursados e que não foram chamados", declarou. Além disso, ela disse que o número de funcionários atual seria insuficiente para atender às pessoas que estavam nos corredores.

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (5), a subsecretária de Gestão Hospitalar Rosane Majeste explicou que o atendimento voltou a ser normalizado. Porém de acordo com Rosane, o problema só vai ser resolvido após a inauguração de um novo espaço, previsto para acontecer em 18 meses.

"A situação hoje é bem melhor do que estava ocorrendo ontem. E a gente está trabalhando hoje, desde cedo, para minimizar todas as questões relativas à urgência e emergência. Obviamente, a gente só vai melhorar a situação do São Lucas como porta de entrada do sistema de saúde com o novo prédio da urgência e emergência na avenida Beira-Mar", 

Luta na Justiça

Em meio aos pacientes internados no hospital estava o idoso Humberto Ewald, de 82 anos. Após sofrer um traumatismo craniano ao cair da escada, ele chegou a ser internado. Segundo a família, uma vaga na UTI foi solicitada durante quatro dias, mas como não conseguiram nenhum resultado positivo, eles recorreram à Justiça. Conforme decisão favorável da juíza Rachel Durão, caso o estado descumpra, terá que pagar multa diária de R$ 2 mil.

O idoso ficou internado em uma sala de estabilização do hospital, dividindo com outras quatro pessoas. "Essa sala tem no máximo nove metros quadrados e tem outros pacientes, um coladinho no outro. A enfermeira falou que aquele não é o local ideal para ele, que ele tinha que estar numa UTI. Está horrível a situação do meu sogro", contou o genro do aposentado, Robson Pereira.

Para garantir o direito do idoso em estar na UTI, a família, que é de Domingos Martins, região Serrana do estado, entrou na Justiça. A decisão tomada pela juíza Rachel Durão, determinou que o idoso seja internado em unidade de terapia intensiva. Caso a Secretaria de Saúde Estadual (Sesa) não cumpra a determinação, o estado terá que pagar uma multa diária no valor de 2 mil reais.

Segundo a diretora do Hospital São Lucas, Luciana Stefanon, a Central já estava em busca de um leito para esse paciente. Na manhã desta quinta-feira, a subsecretária Rosane informou que o paciente conseguiu a vaga. O leito foi disponibilizado no Hospital Dório Silva, em Vitória. Além disso, o sistema de transporte também foi acionado para levar o paciente.

Secretaria de Saúde

O secretário estadual de Saúde, Ricardo Oliveira, admitiu que o hospital São lucas rpecisa melhorar muito. "O São lucas é uma manifestação de ineficiência do sistema. Digamos que 50% das pessoas não deveriam nel estar ali, deveriam ser atendida em outro local. Por isso é que uma das metas que eu tenho, e estou trabalhando para isso, é de profissionalizar essa gestão, modernizar essa gestão, porque o sistema não pdoe continuar tratando as pessoas do jeito que está, temos que humanizar isso. Esse é o nosso ojbetivo", disse.


Fonte:  G1 - 06/03/2015


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