Notícia - Sindicato de caminhoneiros de MT diz que lei aprovada atende pauta antiga

O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Mato Grosso declarou ser favorável a Lei dos Caminhoneiros, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (2), porém, ela atende as reivindicações antigas da categoria e que já deveriam ser de direito. "As concessionárias estavam cobrando o eixo erguido, sendo que se o veículo não está usando o pavimento não tem o direito de cobrar. Se o caminhão está vazio, não pode cobrar o eixo erguido", declarou o presidente do sindicato, Roberto Costa.

A lei sancionada estabelece o perdão de multas por execesso de peso dos últimos dois anos. A tolerãncia para sobrecarga, que era de 7,5% a mais do que os limites do peso bruto por eixo, subiu para 10%. O excesso de carga passa a ser de responsabilidade da empresa contratante. Outra mudança é na cobrança dos eixos suspensos, geralmente erguidos quando o caminhão está vazio ou com pouca carga. Eles não serão mais cobrados no pedágio.

Também pela lei, o caminhoneiro quando for tirar ou renovar a carteira, vai passar por exames que vão comprovar o uso ou não de drogas. Sobre os descansos, serão 11 horas no total, sendo 8 horas diretas, sem interrupção, e as outras três, o caminhoneiro poderá decidir como fazer. No caso de empregados ficou mantido a uma hora para refeição, almoço e jantar. Eles ainda poderão fazer mais duas horas extras de trabalho, desde que haja acordo coletivo.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias criticou o acordo feito pelo governo. Para a associação, a tolerância maior com pesagem máxima pode provocar mais acidentes e aumentar os danos ao asfalto provocados pelos veículos. Além disso, causaria viagens mais longas, já que os caminhoneiros teriam que parar por alguns minutos em praças de pedágios para a verificação de quantos eixos não estão em contato com o solo.

Contudo, o sindicato descorda das alegações. "O sindicato discorda porque não vai interferir em nada, é tudo por meio eletrônico. Quando o caminhão trafega, o equipamento faz o registro e jamais o veículo vai andar com excesso de peso, eles estão equivocados. A tolerância sempre existiu e sempre vai existir", declarou Costa.

Em Mato Grosso foram 12 dias de protestos bloqueando trechos das Brs 364 163 e 070 onde os caminhoneiros foram impedidos de passar, deixando alguns municípios do estado com desabastecimento de combustível e gás de cozinha.

Depois de uma reunião com o governo federal, os caminhoneiros decidiram suspender os protestos nas rodovias federais em Mato Grosso até o próximo dia 10, quando outro encontro deve ser realizado, em Brasília, para discutir a formatação de uma nova tabela "balizadora" do preço do frete. Com essa nova tabela, as transportadores de carga e os caminhoneiros autônomos não devem fazer frete com preço abaixo do previsto na tabela.


Fonte:  G1 - 04/03/2015


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