Notícia - Filas em agências bancárias marcam 2º dia da greve dos vigilantes no RN

No segundo dia da greve dos vigilantes patrimoniais do Rio Grande do Norte, é grande o número de filas nos terminais de autoatendimento das agências bancárias da capital potiguar. Na grande maioria delas, todos os serviços internos de atendimento ao público estão suspensos.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou cinco agências bancárias localizadas no Centro da cidade. Na grande maioria delas, as filas já tomavam conta dos espaços onde ficam os caixas eletrônicos. A aposentada Maria de Lourdes Fonseca, de 63 anos, chegou à agência do Banco do Brasil na avenida Rio Branco, na Cidade Alta, por volta das 10h15 e não conseguiu atendimento. "A funcionária do banco disse que está funcionando apenas internamente. Nem pagamento estão recebendo. Agora vou para filar tentar fazer no caixa eletrônico", disse ela.

A informação foi confirmada pelos funcionários. "Por lei, cada setor deve operar com um segurança. No prédio inteiro nós só temos um trabalhando, então inviável qualquer serviço", disse a funcionária, que não quis se identificar.

No Bradesco da avenida Rio Branco apenas serviços de abertura de conta e alguns atendimentos específicos estavam sendo realizados. Nos terminais eletrônicos, as filas também eram grandes desde a abertura do banco, com muitos clientes tentando efetuar o pagamento de contas.

Dentre os serviços ofertados nos caixas eletrônicos, por hora tudo funciona normalmente. Contudo, alguns terminais já operam apenas com notas de R$ 2, como na agência da Caixa Econômica Federal do bairro da Ribeira. A reposição de dinheiro nos caixas eletrônicos é feita por vigilantes. Nela, a maior parte dos clientes que procuraram serviços bancários nesta terça-feira era de aposentados, que voltaram para casa sem atendimento. "Não tenho cartão magnético, então sempre tiro o dinheiro na boca do caixa. Vou ficar sem dinheiro", disse um senhor que deixava o prédio.

Sindesp diz que Justiça irá definir futuro da greve

Segundo Rossini Braulino, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio Grande do Norte (Sindesp), não houve acordo com o categoria. "Já encerramos todas as negociações. Oferecemos um reajuste de 6,23%, equivalente à inflação, o que não foi aceito. Agora aguardamos o despacho do desembargador sobre os rumos da categoria. Já entramos com o pedido de ilegalidade do movimento e a Justiça que irá definir pelo fim da greve", declarou.

De acordo com o presidente do Sindesp, nos últimos dois anos houve uma equiparação salarial entre os vigilantes que trabalham desarmados e os que trabalham armados. "Nos últimos dois anos os que trabalham armados tiveram ganho real de mais de 30%, enquanto os que trabalham desarmados de mais 50%. Mas do que aquilo que propomos não é possível, até pela manutenção dos postos de trabalho, que será inviável com o que eles nos pedem", disse.

Greve

O Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes reivindica reajuste de 12% e vale-alimentação de R$ 15,00 por dia. O presidente do Sindicato, Francisco Benedito, encaminhou, nesta segunda-feira (2), representação ao Ministério Público do Trabalho, pedindo a mediação na negociação.

Já o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio Grande do Norte considera “a greve irresponsável”, alegando que o piso salarial dos vigilantes potiguares é o maior do Nordeste e teve ganho superior a 50% nos últimos dois anos. As empresas oferecem reajuste de 6,23%, o equivalete à reposição da inflação anual. Segundo o presidente do Sindesp, José Rossini Braulino, menos de 30% dos vigilantes estão em serviço,  descumprindo determinação judicial, que estabelece 50%.


Fonte:  Tribuna do Norte - 03/03/2015


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