As Centrais CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CTB realizaram protesto em frente à Superintendência Regional do Trabalho, região central de São Paulo, contra as mudanças no seguro-desemprego, que passaram a valer nesta segunda (2).
Os representantes das Centrais e Sindicatos de várias categorias cobraram a revogação das medidas provisórias MPs 664 e 665, que alteram as regras do benefício, além do abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.
“As medidas vão impedir a maioria dos trabalhadores de conseguir o seguro-desemprego”, avalia Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT. Segundo os sindicalistas, com as mudanças no seguro-desemprego 65% dos trabalhadores que perderam o emprego a partir desta segunda (2) ficarão sem o benefício.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o ato teve o objetivo de esclarecer a sociedade sobre as medidas trabalhistas do pacote fiscal, que tentam fazer “os trabalhadores pagarem a conta de uma crise econômica que ele não provocaram”. Ele avalia que cerca de 8 milhões de trabalhadores serão prejudicados.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que a unidade das Centrais Sindicais neste momento “é a chave para a vitória da classe trabalhadora” contra medidas precarizantes. “O governo precisa entender que taxando grandes fortunas e contendo a remessa de lucros das multinacionais podemos recuperar a economia e proteger os direitos dos trabalhadores”, diz.
Atos - A manifestação reuniu cerca de 600 pessoas, entre lideranças sindicais e trabalhadores. Entre os presentes, o presidente da Nova Central-SP, Luiz Gonçalves; o presidente da Fecomerciários e da UGT-SP, Luiz Carlos Motta; o secretário de finanças da CUT, Quintino Severo, e muitas outras lideranças. Além de São Paulo, houve atos em várias Capitais.