Notícia - Apeoesp realiza manifesto para reivindicar ajuste salarial de 75%

Um grupo de professores participam nesta sexta-feira (27) de um protesto em favor da valorização da categoria, organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Conforme a coordenadora da subsede da Apeoesp em Presidente Prudente, Ana Kuhn, o manifesto é uma forma de alertar a população sobre uma possível greve na rede estadual de ensino.

De acordo com a coordenadora, entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial de 75% “para a equiparação de remuneração com os profissionais de mesma formação superior”, bem como a implementação da lei do piso. Para esta segunda, Kuhn explica que, atualmente, o professor trabalha 32 horas/aulas.

A jornada do piso nacional diz que são 26 horas/aulas. O que sobra, na diferença entre 26 e 32, deveria ser para conseguirmos corrigir tarefas, preparar aulas, conversar com os pais e realizar capacitações”, diz a coordenadora.

O grupo saiu da sede do sindicato, na Rua Placídio Nogueira, no Jardim das Rosas, passou pela Diretoria de Ensino e deve realizar um roteiro de 11 escolas estaduais. A previsão é que o manifesto tenha duração de três horas.

Outro ponto citado pela representante do sindicato, é a violência sofrida pelos professores dentro das escolas. “Com a diminuição do número de salas de aula, aumentou a quantidade de alunos e isso faz com que o professor faça seu trabalho sem qualidade, o que gera também a violência, pois o profissional não consegue acudir a totalidade de alunos”, afirma.

Ainda segundo ela, a indisciplina e a ausência dos pais no âmbito escolar também são prejudiciais. “Quando isso ocorre, a violência acontece. Tem professores apanhando e até mesmo morrendo nas instituições de ensino, além de sofrerem desacato verbais”, conclui.Caso as reivindicações não sejam aceitas, o grupo deve entrar em greve após uma assembleia que será realizada na Capital, no dia 13 de março. “Esperamos 100% de adesão da categoria”, pontua Kuhn.

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado informa que, em conjunto com os servidores, materializou um plano de carreira inédito. O aumento do salário acumulado em quatro anos foi de 45%.

Atualmente, o salário de um professor que leciona 40 horas para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio está em R$ 2.415,89, valor é 25,9% superior ao piso nacional.

Ainda segundo a Secretaria, os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira. São apenas alguns exemplos da constante valorização dos profissionais, uma das prioridades da Pasta.

Em relação à violência, conforme o órgão, um problema social que exige várias frentes de atuação, todos os esforços são para envolver as famílias e vários agentes nos programas preventivos desenvolvidos pelas unidades de ensino.


Fonte:  Mariane Peres e Stephanie Fonseca/G1 - 02/03/2015


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