Notícia - No AP, rodoviários recebem salários, mas ameaçam nova paralisação

Na tarde desta quarta-feira (25) duas empresas de transporte coletivo de Macapá pagaram os salários atrasados de rodoviários que haviam paralisado as atividades no início da manhã. Mesmo com o dinheiro em mãos, os trabalhadores ameaçam nova paralisação para esta quinta-feira (26). Desta vez, por causa de supostas represálias por parte de uma das empresas.

De acordo com o presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Amapá (Sincotrap), Cristiano Souza, três funcionários de uma das empresas que estavam no manifesto foram demitidos. "Eles estão pagando normalmente, mas não cumpriram uma parte da ata, que seria a não retaliação por parte da empresa. Mandaram embora um dos diretores do nosso sindicato e mais dois funcionários. A justificativa deles foi o nosso protesto", disse.

A direção da empresa de ônibus apontada pelo sindicato informou que nenhum funcionário foi demitido e que ainda não há decisão semelhante em andamento. A empresa completou que o pagamento dos salários atrasados ocorreu às 15h, para todos os rodoviários.

Cristiano Souza falou que houve uma negociação com as empresas para que o salário referente ao mês de janeiro fosse pago até o fim da tarde desta quarta-feira. Com o pagamento, a paralisação foi suspensa e os ônibus voltaram a circular regularmente na capital.

Segundo o sindicalista, o caso das supostas demissões dos trabalhadores será levado para a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac). Uma assembleia está marcada para a noite desta quarta-feira, para definição de novo protesto.

"Estamos ligando para a CTMac  para  tentar marcar uma reunião entre eles, nosso sindicato e a empresa. A suspensão na frota não está confirmada, pois ainda vamos decidir até as 22h", reforçou Souza. Até a publicação desta matéria, a companhia não havia sido informada sobre o caso.

Protesto

A paralisação deixou ao menos sete bairros das Zonas Norte e Oeste da capital sem transporte público. Alegando atraso de salários, pelo menos cem trabalhadores se concentraram na sede do grupo responsável pelas empresas, que têm atualmente 70% dos veículos em circulação.


Fonte:  Jéssica Alves/G1 - 26/02/2015


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