Após uma noite de negociação, o governo do DF ofereceu reajuste de 7,5% aos vigilantes e aumento de R$ 23 para R$ 27 no vale-alimentação. A porcentagem significaria ganho de R$ 118,14 no salário dos trabalhadores que recebem o piso salarial de R$ 1.575,22. A categoria, no entanto, recusou a proposta em assembleia realizada nesta quinta-feira (22), logo após reunião entre o secretário-adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Manoel Antônio Vieira Alexandre, e representantes do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal.

Os trabalhadores entraram em greve nessa quarta-feira (21) para reivindicar reajuste salarial de 15% e de R$ 7 no valor do vale-alimentação para R$ 30. Protestavam ainda contra a inclusão no acordo coletivo da cláusula que criava a figura do horista, funcionário que recebe por hora trabalhada para substituir vigilantes durante o período de descanso a que têm direito no turno de 12 horas. Queriam também preservar no texto do acordo a garantia de estabilidade para os funcionários que se afastam do trabalho por problemas de saúde durante 60 dias ou mais. O sindicato laboral e o das Empresas de Segurança Privada, Sistema de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores do DF (Sindesp-DF) entraram em acordo, e a convenção coletiva permaneceu sem alterações.

As negociações da categoria são feitas entre os sindicatos. No entanto, como o reajuste salarial tem impacto direto no valor dos contratos com as empresas, o governo do DF precisa participar da negociação para estudar a viabilidade financeira dos acordos.