Notícia - CE: Trabalhadores da construção civil paralisam obra de refinaria no Serviluz

Trabalhadores da construção civil de uma obra da refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor-CE), no Serviluz, paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira, 22, em protesto contra os cortes de salários propostos pela nova empresa licitada. A obra segue parada até o fim do dia e a categoria só retoma o trabalho após negociação, conforme o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF). 

O diretor do STICCRMF, Laercio Cleiton, explica que a Elfe iniciou o contrato com a Petrobras na última quarta-feira, 21, quando assumiu a obra no lugar da Marte. “Os patrões informaram então que os salários iriam ser reduzidos, além de diminuir também a cesta básica. Não aceitamos e organizamos o movimento porque alguns operários devem ter corte de até R$ 500”, explica. 

Segundo Laercio, os diretores da obra também ameaçaram substituir os operários, caso não aceitem as novas condições. “Quem não quiser vai ser substituído, mas a mão-de-obra daqui é qualificada, temos operários que trabalham há anos. Mesmo que você contrate novas pessoas elas devem ser treinadas, o que leva tempo e também pode ocasionar acidentes, pois as funções são perigosas”, pontua. 

Entre os trabalhadores paralisados, estão pintores, caldeireiros, eletricistas, bombeiros hidráulicos e montadores de andaime. Os petroleiros, que também integram a obra, não estão paralisados, mas seu sindicato apoia a reivindicação, conforme o STICCRMF. A categoria informa que, por exemplo, um montador de andaime, que possui salário de R$ 1.330, teria o valor reduzido para R$ 1.137.

A Petrobras informou, por meio de sua assessoria, que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores, mas esclarece que "não é parte nas relações trabalhistas entre as empresas contratadas e seus funcionários".  A empresa ressaltou que a refinaria opera normalmente nesta tarde.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) disse, em nota, que defende o cumprimento do acordo coletivo da categoria, com "valores dos pisos salariais a serem adotados em Fortaleza e na Região Metropolitana". A Elfe não é associada do Sinduscon, conforme a direção do sindicato. 


Fonte:  Amanda Araújo/O Povo - 23/01/2015


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