Notícia - Operários de usina fazem protesto por atraso nos salários em Monções

A crise no setor de açúcar e álcool, provocada principalmente por causa da estiagem, começa a ter consequências mais graves para a região noroeste paulista. Trabalhadores de uma usina de Monções (SP) cruzaram os braços por causa do atraso nos salários.

Os 120 funcionários, que trabalham na linha de produção de açúcar da usina, estão parados há uma semana. O motivo, segundo eles, são os atrasos nos salários que acontecem há quatro meses. “Não tem previsão de quando vai receber, a gente chega para trabalhar e no fim do dia eles chegam e dizem que não tem previsão”, afirma o operador de mesa alimentadora Guilherme de Pauli.

Nesta quarta-feira (26), o grupo se reuniu com representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação da região para definir as diretrizes da greve e tudo será documentado, para que os direitos deles sejam garantidos.

“Propomos para a usina liberá-los para ir para casa, sem perder os dias trabalhados, até a usina resolver o pagamento, para eles trabalharem em algo para pagar as contas”, afirma o secretário do sindicato Luiz Alberto Soares.

O atraso nos pagamentos é reflexo da crise que afeta o setor sucroalcooleiro. Segundo a Única, União da Indústria da Cana de Açúcar, as usinas do país devem encerrar esta safra devendo mais do que faturaram. A queda na produção é apontada como o principal motivo. “Mas enquanto isso não se resolve, quem fica em uma situação difícil é o trabalhador”, diz o secretário do sindicato.

Uma nova reunião foi marcada para segunda-feira (1º), quando será definido um plano de negociação. O Tem Notícias entrou em contato com a usina para falar sobre o assunto, mas não obteve retorno.


Fonte:  G1 - 27/11/2014


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