A paralisação dos professores estaduais deixou 25.500 alunos sem aulas na manhã desta quarta-feira (26) em Paranavaí, Cianorte e Umuarama, na região noroeste do Paraná. A medida, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), é um protesto contra o cancelamento das eleições para diretores e violência da classe. A paralisação segue durante todo o dia com concentração em frente aos núcleos de educação e nas sedes dos sindicatos das categorias.
De acordo com o Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, responsável por 21 municípios, das 46 escolas da região, 22% delas estão fechadas, ou seja, 500 professores aderiram à paralisação. No total, 8.800 alunos ficaram em casa na manhã desta quarta-feira. Já em 53% das escolas, a paralisação é parcial – as escolas estão abertas, recebendo os alunos, mas poucos educadores estão dando aula - e 25% não aderiram - as aulas estão ocorrendo normalmente. As doze Escolas de Educação Especial da região não paralisaram as atividades.
Em Umuarama, a adesão é de 50%, segundo o Sindicato dos Professores no município. Ao todo 6.200 estudantes não foram para a escola. Os profissionais paralisados estão concentrados na sede da APP Sindicato. Um ônibus com 40 professores do município foi para Curitiba para participar do movimento estadual.
Em Cianorte, o índice de adesão é de aproximadamente 50%, em torno de 253 professores estão paralisados, também conforme a APP-Sindicato. Pouco mais de 10.500 alunos estão sem aulas nesta quarta-feira. Durante a manhã, o protesto está concentrado em frente ao Núcleo Regional de Educação.
Motivos
Os professores querem lembrar o caso que aconteceu na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no início deste mês de novembro. Durante a discussão da lei que altera as eleições para as direções das escolas estaduais, o presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB) determinou aos seguranças a retirada de alguns professores que eram contra a proposta. A ordem acabou em confusão, com professores sendo agredidos pelos seguranças.
A categoria também reclama da falta de funcionários, superlotação em salas de aulas e do Sistema de Atendimento à Saúde, oferecido pelo governo do estado aos funcionários públicos. Há ainda reclamações sobre o salário da categoria, fechamentos de escolas, entre outros.