Cerca de 8 mil usuários do transporte público de Santa Bárbara dOeste (SP) ficaram sem ônibus nesta segunda-feira (24) devido à greve dos motoristas e cobradores. Cento e cinquenta funcionários reivindicam o pagamento do 13º salário em duas parcelas e melhorias nas condições de trabalho. A Prefeitura afirma que não tem débitos com a empresa e que já notificou a companhia para que resolva o problema. A concessionária diz que adotará medidas legais contra a o sindicato da classe.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Americana e Região, a empresa contratada pela Prefeitura para prestar o serviço informou que o 13º salário dos funcionários seria pago em quatro parcelas, mas a categoria não concordou. Além disso, os motoristas e cobradores pedem uniformes novos e melhorias nas condições de trabalho. "Até o papel higiênico dos trabalhadores foi cortado, é um absurdo", afirmou o presidente da entidade, Paulo Sérgio da Silva.

Na manhã desta segunda-feira, o terminal de ônibus do município estava vazio, já que 100% dos funcionários não foram trabalhar. Eles se reuniram em frente à sede da empresa e pediram a presença de um representant do Executivo. "Não vamos negociar com a empresa sem a participação da Prefeitura para garantir o que a gente está pedindo, que é só o cumprimento da lei trabalhista", justificou Silva.

"O trabalhador conta com esse dinheiro para o final do ano, o certo é receber agora em novembro e dezembro, não no ano que vem como eles querem", disse o presidente do sindicato. A greve, segundo ele, é por tempo indeterminado, até que haja garantia do pagamento em duas parcelas.

Prefeitura

A administração municipal informou, por meio da assessoria de imprensa, que caso a situação não seja resolvida, vaimultar a empresa responsável. Também segundo a nota, o município "entende que a paralisação não tem qualquer amparo legal e é, única e exclusivamente, uma posição unilateral do sindicato".

Empresa

A Sertãozinho Transporte Coletivo (Sertran/Nova Via) informou que vai tomar as providências legais contra a ação do sindicato. Todas as linhas estão paradas e aproximadamente oito mil passageiros são prejudicados, segundo a nota. O sindicato foi avisado pela empresa na sexta-feira (21) que, caso fizesse a paralisação, permitisse a saída de um número mínimo de ônibus previsto em lei para atender à população, mas a entidade sindical não cumpriu o que determina a lei, completou o posicionamento da companhia.