Notícia - Funcionários do transporte coletivo retomam atividades em Uberlândia

A paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo de Uberlândia foi suspendas no início da noite desta segunda-feira (27), após assembleia com o sindicato da categoria. Os funcionários paralisaram pela madrugada e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Uberlândia (Sinttrurb), optaram por retomar as atividades após audiência no Ministério Público do Trabalho. O grupo solicitou melhorias na jornada trabalhista e irá elaborar um documento que será entregue às empresas do transporte coletivo para tratar a dupla jornada e a carga horária de 7h.

O presidente do Sinttrurb, Márcio Dulio de Oliveira, propôs o pagamento do dia de greve aos trabalhadores, além de garantir que não ocorram demissões até a retomada das negociações. O acordo foi aceito pelo sindicato das empresas.

De acordo com o assessor municipal de Transportes, Divino dos Santos, apenas 30% da frota de 420 veículos operou durante o dia, causando transtornos à população que depende do serviço. As empresas do transporte coletivo consideraram a paralisação ilegal. Segundo as empresas, o sistema atende cerca de 180 mil passageiros por dia e emprega 2.300 funcionários.

Paralisação e reivindicações

O ponto de encontro inicial dos manifestantes foi a Praça Sérgio Pacheco, que fica em frente ao Terminal Central. O grupo de manifestantes seguiu pelas ruas para alertar a população sobre os motivos do movimento. As avenidas João Pinheiro e Afonso Pena, no Centro, tiveram o trânsito alterado pela Polícia Militar (PM) e pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran).

O motorista Lydelgardes Azevedo Dantas trabalha há cinco anos e afirma que é necessário mudar o horário de trabalho para 7h corridas com 1h de intervalo, que pode ser corrida ou fracionada. O quadro de folgas também visto como um problema. “O funcionário trabalha em uma escala de 3h, tendo um intervalo de 2h, e depois ele volta para reiniciar a dupla jornada por mais 4h. A cada cinco dias do trabalho é um dia de folga, porém se folga um fim de semana a cada 45 dias”, afirmou.

Alteração das escalas

O sindicato patronal, que representa as empresas de ônibus, alega que a manifestação é abusiva e ilegal. Segundo representante do sindicato, José Luiz Rissato, na última sexta-feira (24) os dois sindicatos de trabalhadores assinaram convenção coletiva que atenderia aos pedidos dos empregados. “Foi feita uma reunião na última sexta-feira, na Prefeitura de Uberlândia, onde o documento principal, que é a convenção coletiva de trabalho, foi assinado. Para nossa surpresa, foi deflagrada uma greve pela manhã”, destacou.

O sindicato dos trabalhadores confirma a assinatura do documento e diz que a greve foi mantida porque, mesmo com o acordo, não houve mudança na escala de trabalho. Ainda segundo o procurador do sindicato das empresas José Luiz Rissato, as escalas só poderão ser mudadas em dezembro, quando vence o acordo coletivo assinado anteriormente.


Fonte:  G1 - 28/10/2014


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