Sete dias após a paralisação, as agências bancárias da região voltaram a funcionar normalmente nesta terça-feira (7). De acordo com os sindicatos que representam Araraquara, São Carlos e Rio Claro (SP), a categoria aprovou o reajuste de 8,5% proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), decretando o fim da greve em uma assembleia realizada na segunda-feira (6). A proposta também inclui índice de 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara, Paulo Roberto Redondo, a paralisação atingiu o objetivo. “Inicialmente pedimos um reajuste de 12,5%, o que era justo de acordo com as circunstâncias. Na contraproposta, eles nos ofereceram 7%, depois 7,5% e agora 8,5%, assim atendendo nossas necessidades”, relatou.
Cerca de 90% dos 600 funcionários do município cruzaram os braços durante a greve, que fechou 37 das 40 agências da cidade. Apenas os postos que funcionam dentro do fórum e da Justiça Federal mantiveram o atendimento.
Em São Carlos, 14 dos 24 bancos fecharam e cerca de 300 trabalhadores aderiram à greve, informou o presidente do sindicato, Lauriberto Antonio Viganon. A associação representa 11 cidades na região, entre elas Américo Brasiliense, Descalvado, Ibaté, Porto Ferreira, Pirassununga, Santa Cruz das Palmeiras, Tambaú, Santa Rita do Passa Quatro, Rincão, e Santa Lúcia.
Já na região de Rio Claro, cerca de 600 bancários participaram do movimento nos municípios de abrangência do sindicato, que são Analândia, Araras, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Leme, Santa Cruz da Conceição e Santa Gertrudes.
Reivindicações
Além do aumento de salário e benefícios, de 12,5%, e piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário, a categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.
Os bancários reivindicavam ainda melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.