Notícia - Prefeitura de Guarujá convoca reunião para resolver greve de ônibus

Os motoristas e empregados de manutenção, fiscalização e escritórios da Translitoral, responsável pelo transporte coletivo de Guarujá, entraram em greve  na madrugada desta segunda-feira (29).  O motivo é o não pagamento do vale-refeição.

Para resolver o problema,  foi marcada  pela prefeitura e Guaurjá uma reunião imediata com as partes envolvidas (Sindicato e empresa Translitoral) para que se chegue a um consenso o mais rápido possível, assegurando o direito do transporte da população.

Transtorno

A greve pegou muito munícipes de surpresa e foi preciso encontrar outras formas de se chegar ao destino nesta manhã. "Já liguei para um colega de trabalho para me dar carona. Chegar aqui no ponto e não ter ônibus é frustante. Se soubéssemos, daria para se preparar, pelo menos", diz Jailma Monteiro, que trabalha como secretária em um escritório.

"Acabou de passar uma van da prefeitura avisando da greve. Liguei para o meu patrão para avisar e agora estou aqui sem saber o que fazer", declarou o vendedor Roger Trindade, que trabalha em uma loja de material de construção no Centro de Guarujá.

Frustada, Anne Pontes diz que perdeu o horário de entrada nesta manhã no Hospital Santo Amaro, onde exerce a função de digitadora. "Tenho medo do que meu chefe pode pensar, mas por outro lado não há como chegar no meu local de trabalho sem o ônibus. Se tivesse outra forma, eu já estaria lá".

A  Reportagem esteve no Distrito de Vicente de Carvalho e registrou que alguns passageiros optaram por pegar ônibus de trajeto intermunicipal, que possuem passagens mais caras que as convencionais, variam entre R$ 3,15 e R$ 8,40. O tempo de intervalo entre este tipo de transporte também é maior.

Sem vale-refeição

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região, os motoristas e demais empregados entraram em greve por não terem recebido o vale-refeição de setembro, que deveria ter sido pago na sexta-feira (26), no valor de R$ 390 ou R$ 16 por dia.

Os trabalhadores permanecerão em greve até que a empresa deposite o valor ou até que ela consiga liminar na Justiça, obrigando-os a circular a frota, ainda que parcialmente.

Os motoristas paralisaram o serviço espontaneamente e chamaram a diretoria do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários de Santos e região, que está no local.

A Translitoral, empresa do grupo Sobral, transporta cerca de 75 mil passageiros por dia, em 177 ônibus e micro-ônibus, distribuídos em 30 linhas urbanas, com tarifa de R$ 2,80.

Em nota, a Translitoral informa que "foi pega de surpresa e está adotando as medidas jurídicas cabíveis para o retorno do serviço. O valor referente ao ticket refeição será creditado à zero hora desta terça-feira (30)".

Prefeitura

Por meio de nota, a Prefeitura de Guarujá informou que, assim como a população, foi pega de surpresa com a paralisação do serviço de transporte coletivo prestado pela Translitoral. Segundo a Administração, a greve é ilegal  visto que o sindicato da categoria teria que comunicar sobre a paralisação com 72 horas de antecedência. A Administração entende que a greve, pelo atraso na distribuição dos tickets de refeição, como alega o sindicato da categoria, é uma atitude irresponsável, por prejudicar milhares de trabalhadores, estudantes e população em geral, que foram impedidos de chegar aos seus destinos nesta manhã.

A Prefeitura considera estranha essa paralisação uma vez que aconteceu de madrugada e está tomando todas as providências para garantir o retorno imediato dos serviços, a fim de que a população não seja mais prejudicada,  além das medidas judiciais cabíveis. 


Fonte:  A Tribuna On-Line - 30/09/2014


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