Notícia - CE: Campanha dos bancários é recebida com truculência no Banco do Brasil

Truculência, arrogância, intimidação e prática antissindical. Tudo isso foi praticado de uma vez só pelo gerente da agência Distrito Industrial do Banco do Brasil, em Maracanaú, na última quarta-feira(17/09), ao ameaçar os diretores da Executiva do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE), inclusive de chamar a polícia, durante visita de mobilização da Campanha 2014.

Esse foi o primeiro gerente a tentar impedir a mobilização feita pelo Sindicato, que já visitou mais de 60 unidades na Capital e no Interior, sendo aplaudido por clientes e bancários, pela forma lúdica de apresentar a campanha salarial da categoria.

O gerente do Banco do Brasil foi autoritário e achando que é mais forte que a Constituição, que garante a liberdade de expressão e o direito de ir e vir a todo cidadão, tentou impedir o direito de manifestação dos dirigentes sindicais na mobilização feita naquela agência, com a peça de teatro “O Jegue Tupiniquim Massacra Touro Europeu em Duelo na Caatinga”.

Com pronta comunicação a bancários e clientes, os diretores sindicais anunciaram o motivo da visita e os atores deram inicio à apresentação da peça. O gerente puxou um dos atores e disse “eu não admito isso dentro da minha agência”, e a apresentação foi interrompida. E esbravejou, “eu não autorizei a entrada da direção do Sindicato na minha agência e vou chamar a polícia para tirá-los daqui imediatamente”. Criou-se um clima de constrangimento, mas os dirigentes avisaram: “Isso não nos intimida, vamos continuar a mobilização”. A peça prosseguiu e arrancou aplausos da clientela.

O gerente não se conformou e voltou a confrontar o diretor da Secretaria de Formação do Sindicato, Aléx Citó, afirmando “não admito isso na minha agência” e saiu esbravejando.

Aléx Citó criticou a truculência do gerente, a arrogância e a tentativa de impedir uma ação legítima do Sindicato dos Bancários do Ceará, que é fazer a mobilização da categoria durante a campanha salarial. 

A peça retrata a realidade vivida nos bancos, que não dão condições de trabalho para os bancários. “Vejam todas essas mesas vazias, esses guichês vazios é porque faltam funcionários. Vocês clientes estão aqui há mais de uma hora, ou até duas horas, não é culpa dos bancários, mas é porque faltam funcionários suficientes para garantir ao cliente um bom atendimento”.

“O bancário tem que cumprir metas e mais metas. Quando vai pra casa descansar, continua pensando no que não conseguiu fazer e o que precisa fazer no dia seguinte. Hoje o bancário sai da agência atormentado. Nós queremos mais contratação, para dar melhores condições de trabalho para os funcionários e menos fila para a população. Queremos mais segurança, queremos mais saúde. E fica um alerta: se houver retaliação a algum trabalhador dessa agência, é só chamar o Sindicato, porque vamos tomar providências”, finalizou Alex.

De acordo com o gerente regional da GEPES do Banco do Brasil, que foi questionado pelo presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra, essa não é posição do banco, de restringir manifestação da entidade. O corrido não é posição do banco e que este foi um caso pontual.

Peça teatral usada na mobilização 

A peça é uma alegoria, uma sátira à realidade de hoje vivenciada pelos bancários. Um touro que representa o banqueiro, que explora a população e os funcionários; contra o jegue, um animal resistente do Nordeste que representa a própria sociedade, que resiste no dia-a-dia a todos os ataques que lhes são desferidos contra a sua cidadania, contra a sua dignidade de trabalhador e de cidadão. A peça é encenada por três atores da Trupe Tramas de Teatro.


Fonte:  SEEB/CE - 19/09/2014


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